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Edição 57

O flerte com o abismo

Congresso rejeita contenção de gastos, atrasa reformas e compromete o futuro do país

Silvio Navarro
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Em 1993, quando os maiores escândalos de corrupção no país ainda não carregavam aumentativos gramaticais — como Mensalão, Petrolão e Covidão —, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) jogou luz em um dos principais dutos de desvio de recursos públicos no Congresso Nacional: a elaboração do Orçamento da União. Batizada de “CPI dos Anões” (uma referência à estatura política dos parlamentares investigados, algo similar ao que hoje se apelidou de “baixo clero”), a comissão emparedou 37 políticos — 18 pagaram efetivamente o preço e, é claro, Geddel Vieira Lima já aparecia na lista suja. O grupo estava enredado num roubo de R$ 100 milhões, numa época em que cifras assim ainda assustavam o pagador de impostos. No centro da história estava um instrumento legislativo que o brasileiro até hoje não entende bem como funciona: a tal emenda parlamentar.

É claro que aquele não foi o último dos escândalos no uso dessa modalidade de destinação de verbas do Congresso — depois vieram os sanguessugas e máfias de transportes, empreiteiras e afins — e só foi descoberto porque um assessor era investigado por ganhar 56 vezes na loteria num único ano e tramava assassinar a mulher. Algemado, ele abriu o bico e entregou políticos. Mas onde esses casos conversam com os dias de hoje? Nas emendas. E, neste ano, foi necessária enorme ginástica política para que o Orçamento fosse equacionado em meio aos efeitos da pandemia na economia. Em suma, os deputados não quiseram abrir mão do quinhão de verbas públicas para seus redutos eleitorais mesmo diante de um cenário de aperto fiscal e em detrimento de sacrificar o andamento de reformas estruturais represadas e de uma agenda de privatizações prometida em campanha pelo presidente Jair Bolsonaro, mas que tampouco avançou porque não é da vontade dos donos das canetas.

Inicialmente, é preciso repisar que temas como reformas estruturais — Previdência, tributária, administrativa — não interessam para pelo menos dois terços dos congressistas. O motivo? Cortar benefícios e regalias não assegura um único voto, pelo contrário, dada a impopularidade de mexer com o bolso dos cidadãos pendurados no caixa estatal.

Vale frisar que não foi a primeira vez que os congressistas contribuíram para desidratar ajustes e, em consequência, aumentar gastos. No governo Michel Temer, a minirreforma trabalhista aprovada foi completamente descaracterizada e produziu poucos efeitos positivos, assim como ocorreu com o alardeado pacote anticrime apresentado como principal cartão de visita do ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro, elaborado a partir da proposta de “10 medidas anticorrupção” do Ministério Público. Na reformulação previdenciária, a estimativa de redução de gastos era de R$ 1 trilhão, mas em uma década não alcançará efetivamente R$ 700 bilhões, conforme projeções; a reforma administrativa fica mais tímida a cada passo na tramitação da Câmara e a tributária… A tributária mal existe ainda no papel.

Já as emendas vão na contramão — e tanto faz se estão no espectro federal, estadual ou municipal — porque são o caminho para conseguir recursos que financiam pequenas obras, como reformas de praças, quadras poliesportivas, asfaltamento, e a área da saúde — metade do valor total obrigatoriamente deve ter esse destino —, como a compra de ambulâncias ou equipamentos para as Santas Casas, por exemplo. Atualmente, cada deputado federal e cada senador tem direito, individualmente, a R$ 16,2 milhões, divididos em 25 propostas. Além disso, ainda existem as emendas das bancadas estaduais, formuladas em conjunto para atender os governadores, algo em torno de R$ 6,7 bilhões fatiados para as 27 unidades da Federação.

Orçamento irresponsável

A peça orçamentária de 2021, aliás, é um exemplo de irresponsabilidade com as finanças públicas e de como os currais eleitorais são a prioridade — e não a desidratação da máquina estatal inchada, segundo economistas ouvidos por Oeste. Foi necessária enorme pressão de articuladores políticos para que o relator, o senador Márcio Bittar (MDB-AC), aceitasse cancelar R$ 10 bilhões em emendas carimbadas porque faltava dinheiro do Tesouro para arcar com despesas obrigatórias — leia-se gastos com seguro-desemprego e com a própria Previdência. Um rombo nessas áreas, aliás, seria munição para o tão desejado, pela oposição no Congresso e na mídia, pedido de impeachment de Bolsonaro prosperar.

“Entre a responsabilidade fiscal e as emendas desnecessárias dos parlamentares, o Congresso preferiu as emendas. Como sempre, eles olham para o próprio umbigo e deixam a população em segundo plano. Quando não se tem responsabilidade fiscal, o resultado é mais inflação, juros e recessão. É o caminho mais rápido para repetir o desastre argentino”, avalia o economista Luís Artur Nogueira.

Também economista, Alan Ghani afirma que o Orçamento deixa a situação fiscal brasileira numa espécie de “fase emergencial”, para usar uma das expressões utilizadas por governantes à exaustão na pandemia. “A situação já era crítica, mas agora, com a possiblidade de os gastos em 2021 superarem em mais de R$ 100 bilhões a versão original do Orçamento, o quadro é assustador”, diz. “Desde 2014, estamos com déficit primário, e o atual Congresso não entendeu a gravidade do problema. A elevação do gasto não só traz custos diretos para a contabilidade pública, como eleva o custo da dívida (elevação de juros). Como sempre, o povo acaba pagando a conta da irresponsabilidade dos políticos.”

Rogério Xavier, da SPX, também alerta para o estouro do teto. “Qual é a mensagem que é passada, quando vai aquele Orçamento para o Congresso? Reduzir despesas obrigatórias para caber no Orçamento. É inacreditável que um negócio sério vai daquela maneira. Mas está lá. Isso é igual a um jogo de pôquer: você me deixou ver três cartas e escondeu o resto — mas eu já vi grande parte de seu jogo. E o que você me mostrou é que não está comprometido em ajustar o fiscal. Pelo contrário: você está comprometido em piorar o fiscal, em estourar o teto, em criar novas despesas burlando o teto de gastos.”

Sessão remota do Congresso destinada à apreciação do Orçamento de 2021. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

O palanque da CPI

Se é fato que a economia brasileira resistiu até agora aos 13 meses de crise da covid, graças à paciência do ministro da Economia, Paulo Guedes, em acalmar o mercado e ao fôlego que o agronegócio dá ao país, os políticos não ajudam. Pense numa reunião entre os senadores Renan Calheiros (alvo de seis inquéritos no Supremo Tribunal Federal, mais de 40 investigações e cinco processos de cassação em 2007), Jader Barbalho (ele mesmo, do caso Sudam e do Banpará), Omar Aziz (ex-governador investigado do Amazonas) e o petista Humberto Costa (citado em listas de propina da Lava Jato). Junte a eles o midiático Randolfe Rodrigues, especialista em judicializar o processo legislativo, e o tucano Tasso Jereissati, que parte da mídia o fez acreditar que pode ser um candidato viável à Presidência. Essa é a cúpula da CPI da Covid, a ser instalada na próxima semana em Brasília.

Nesta semana, a hashtag #RenanSuspeito frequentou os assuntos mais comentados do Twitter por uma razão básica: para além do histórico de frequentador do noticiário de corrupção, ele é favoritíssimo ao cargo de relator da CPI. Porém, um detalhe salta aos olhos, já que o alagoano é pai do governador Renan Filho (MDB-AL), que pode ser investigado. O mesmo se aplica a Jader, pai do governador Helder Barbalho (MDB-PA), cujo Estado, aliás, foi palco de roubo de respiradores.

Irritado, Renan Calheiros pediu ao Twitter o banimento de 3.000 contas e disparou: “[sic] Até a próxima sexta vou me dedicar a estudar temas da CPI e fazer uma profilaxia digital. Para evitar a infecção do radicalismo, o contágio dos extremistas e o negaciovírus, farei um isolamento sanitário, podendo voltar a qualquer momento se houver necessidade”.

“É preciso um equilíbrio nesta CPI. Existe um flagrante conflito de interesses nesse comando da comissão. Tudo indica que ela ‘dará em pizza’ para muitos e ‘em fígado’ para outros”, afirma o senador Eduardo Girão (Podemos-CE), um dos indicados para a comissão, que pretende “bater chapa” pela presidência do colegiado. “Tem gente que até já fez o julgamento, com declarações públicas em jornais, o que é isso que estamos vivendo? Será que essa CPI é para valer ou é mero palanque político? Queremos uma comissão técnica, não pirotécnica.”

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), aliado do Palácio do Planalto, avalia que o tiro pode sair pela culatra. “Em Brasília, há uma máxima de que uma CPI sabe-se como inicia, mas não como termina. A opinião pública está preocupada com desvios de recursos públicos e não se o presidente comprou cloroquina. O primeiro foco é atingir o presidente Bolsonaro, mas, como contra o governo não há acusação de desvio de recursos, quando chegarem os documentos do Tribunal de Contas da União e da Polícia Federal mostrando que o dinheiro público não foi usado para a saúde ou que houve fraudes, o foco vai mudar”, diz.

Em meio a esse tiroteio à brasileira, pelo menos dois nomes se esconderam debaixo das mesas: os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), ambos catapultados às cadeiras com a ajuda do governo. As esquivas, contudo, têm motivos distintos: à sombra de denúncias recorrentes, Lira quer a maior distância possível de qualquer coisa que respingue em investigação e seu compromisso com Bolsonaro é simplesmente não ceder às pressões para pautar pedidos de impeachment. Já Pacheco, segundo políticos em linha direta com ele, deslumbrou-se desde que alguns colunistas do mainstream o compararam a Tancredo Neves e sugeriram que seu nome passe a integrar as pesquisas de intenção de votos para a Presidência da República em breve.

É bem provável que a CPI não dê em nada. Assim como ocorreu com quase todas as outras. Também é possível que a agenda de projetos que realmente interessam ao país não avance, como tradicionalmente ocorre com a proximidade do calendário eleitoral. Mas o Congresso Nacional, uma vez mais, dá sinais de que suas reais prioridades terminam na porta dos gabinetes. Para o brasileiro pagador de impostos, o abismo continua sempre logo ali.

 

37 comentários
  1. Daniel Brito Guimarães
    Daniel Brito Guimarães

    Se a constituição nos permitisse depor esses crápulas (via referendo popular) eu não estaria tão insatisfeito com a mesma. O pior é que aqueles que podem mudar a constituição são exatamente os crápulas. Já nos acostumamos aos vampiros e nem sonhamos mais em agir. Por uma nova constituição, feita por pessoas honestas e que querem a liberdade, a livre concorrência, a diminuição do estado, o poder dividido e não concentrado como está!

  2. Wilson De Barros Cantero
    Wilson De Barros Cantero

    Parabéns Sílvio por nos mostrar mais uma vez que os capatazes da corrupção endêmica deste país estão de volta. O congresso nacional não e cansa de ser a casa de papal habitada permanentemente pelos mascarados de Dali.

  3. Jose Antonio. Moreira Pinto
    Jose Antonio. Moreira Pinto

    Continuando , sugiro que em uma próxima oportunidade você aborde esse tema aqui:
    A veracidade nunca esteve entre as virtudes políticas, e mentiras sempre foram encaradas como instrumentos justificáveis nesses assuntos. Existe uma negação deliberada dos fatos passados, da verdade passada – Isto é, a capacidade de mentir e a faculdade de mudar os fatos ao próprio interesse pessoal.

  4. Jose Antonio. Moreira Pinto
    Jose Antonio. Moreira Pinto

    Parabéns Silvio, você está fazendo falta na Jovem Pan, no programa Pingo nos Is.

    1. Persio Nicanor Basso
      Persio Nicanor Basso

      Silvio
      Ao par de um excelente artigo que e sua imagem jornalística continuamos com nossa sina, onde iremos navegar?
      Democracia se consegue através do voto. Na eleição do nosso PR conseguimos eleger novos parlamentares mas, nos parece que algumas moscas foram mudadas.
      Somente o voto conseguirá mudanças ai temos a enorme e grata surpresa do possível retorno do”homem mais honesto desse pais” para concorrer nas próximas eleições.
      Aguardemos as novas votações veremos se conseguimos mudar não só as moscas.

  5. Robson Oliveira Aires
    Robson Oliveira Aires

    Excelente artigo. Parabéns Silvio Navarro.

  6. Mauro Luiz Bresolin
    Mauro Luiz Bresolin

    Parabéns pelo artigo Silvio. Meus cumprimentos.

  7. Geraldo Araújo De Carvalho
    Geraldo Araújo De Carvalho

    Sílvio Navarro, seu relato é irreparável. As nuvens são mesmo sombrias para todos os lados em que se olhe. O cerco apresenta-se quase intransponível. E agora? E agora? E agora? Bom, agora nos resta buscar e lutar pela obrigatoriedade da impressão do voto, para ao menos minimizar as possibilidades de fraude nas eleições. Tal provavelmente todos aqui, e no país inteiro, penso seja a impressão do voto a saída estreita entre as pouquíssimas que ainda restam ao Brasil decente. De novo o cerco e a pergunta: como superar esse cerco?

  8. Frederic Couto
    Frederic Couto

    #trocatudo em 2022

  9. marise neves
    marise neves

    O Brasil jamais dará certo com essa quadrilha que comanda as casas legislativas e agora com a ajuda da não suprema corte.

  10. Natan Carvalho Monteiro Nunes
    Natan Carvalho Monteiro Nunes

    Excelente matéria de capa, Silvio. Vendo todo esse contexto, só deixa claro tbm o quanto o brasileiro vota mal. Renan Calheiros, Jader Barbalho, Randolfe Rodrigues…pelo amor de Deus. Precisamos demitir esse quadrilhão o quanto antes.

  11. Antonio Carlos Neves
    Antonio Carlos Neves

    Silvio sempre brilhante como todos os jornalistas da revista oeste, no relato da desordem instalada em nosso pais, pela Nobre Corte e parlamentares parasitas inúteis que votam contra todas as necessárias reformas como a trabalhista, previdenciária, MP871 de combate às fraudes na previdência, Marco Legal do saneamento básico, e outras medidas econômicas saneadoras, e tudo judicializam como esse senador com pouco mais de 200 mil votos pelo Amapá Randolfe Rodrigues, verdadeiro despachante do STF, que liderou assinaturas para CPI contra o governo e será vice presidente da CPI DA PANDEMIA. Pior, consegue simpatizantes tucanos(já fui) como o decadente Tasso e velhos lideres do PMDB, juntando-se à esquerda, e tudo fazem para derrubar Bolsonaro antes de 2.022, mesmo sabendo que estão destruindo nosso pais em grave crise sanitária e econômica.
    Pior será em 2.022 se não tivermos o VOTO IMPRESSO, que tenho pedido aos bons jornalistas para divulga-lo intensamente, já que necessário para dar transparência às urnas eletrônicas, conforme a deputada Bia Kicis, autora de PEC que tramita no Congresso que tem de ser aprovada até out/21, bem relatou no programa DIRETO AO PONTO.
    Silvio, sugiro que leia artigo na pg.A2 do Estadão de 23/04, do ex ministro e presidente do STF, Carlos Velloso, “Urnas eletrônicas, garantia de respeito ao voto do eleitor”. Revoltadíssimo com o voto impresso, e desinformando por não conhecer a Lei ou por má fé, quando assim se manifesta:” Mas o que alguns políticos desejam é a impressão da confirmação do voto do eleitor em FULANO ou BELTRANO, o que quebraria o sigilo do voto, com ofensa à Constituição. O VOTO IMPRESSO seria ótimo para os caciques políticos, que exigiriam a apresentação do comprovante do voto em fulano ou beltrano. Isso nunca existiu, é dizer, esse tipo de documento nunca foi expedido, nem no tempo das cédulas de papel, porque o voto impresso seria inconstitucional(art.14 da Lei Magna), o que já foi decidido pelo Supremo Tribunal Federal(STF)”.
    Sabendo que recentemente o STF declarou inconstitucional o voto impresso estabelecido em Lei de 2015 aprovada pelo Congresso Nacional, porque: “viola o sigilo e a liberdade do voto”, e diante desse “manifesto” dessa celebridade ex presidente do STF, e diante da prorrogação de Alexandre de Moraes por mais 90 dias nas investigações da PF no inquérito das FAKEs, e dos atos antidemocráticos no qual Bia Kicis esta sendo investigada, as urnas eletrônicas serão assustadoras sem o VOTO IMPRESSO em 2.022.
    É importante que o bom jornalismo divulgue que o bilhete impresso é BLINDADO, e portanto não é manuseado pelo eleitor para levar para casa, mas somente para constatar e após confirmado pelo eleitor seguira automaticamente para urna lacrada, para necessária AUDITORIA INDEPENDENTE por amostragem de urnas sorteadas, e se necessário RECONTAR as apurações divulgadas nas urnas eletrônicas. Simples assim.
    Como pode ex presidente da Suprema Corte divulgar tamanha desinformação.

  12. Marcelo Hial
    Marcelo Hial

    Meu caro Silvio, a cada dia tenho mais certeza que nosso país não corre o menor risco de dar certo … Parabéns pelo artigo …

  13. Alessandra Berenstein
    Alessandra Berenstein

    Mas Silvio porque o presidente Bolsonaro ainda não enviou ao congresso nenhuma proposta (das muitas reformas necessárias) e porque o ministro Guedes não começou com as privatizações? Isso é uma pergunta, uma dúvida, ok

  14. Eduardo Celso Poiano
    Eduardo Celso Poiano

    A irresponsabilidade dos congressistas nasce no esdrúxulo sistema eleitoral atual, o famigerado “coeficiente eleitoral”. Sem voto distrital puro com avaliação no meio do mandato jamais se criará um vínculo entre eleitor e representante. E o único compromisso cívico dessa cambada será tão somente a sua reeleição.

  15. Maria Elena Ribeiro Mendes
    Maria Elena Ribeiro Mendes

    Excelente artigo! É assustador que um país do porte do Brasil esteja nas mãos de indivíduos tão inescrupulosos! Enquanto o eleitor der mais valor aos cargos majoritários do que aos legislativos, somente esse tipo de político se apresentará nas urnas e será eleito, com algumas raras e honrosas exceções. Enquanto isso, o país segue saqueado, entregue a quem só pensa no próprio bolso. Uma lástima!

  16. Olinto Santos Cardoso
    Olinto Santos Cardoso

    Caro jornalista,
    Melhor narrativa impossível. Obrigado por nos esclarecer jogando luzes nesses bastidores.

  17. Carlos Benedito Pereira da Silva
    Carlos Benedito Pereira da Silva

    Parabéns! Quero parabenizá-lo, também, pelo seu livro que trata do homicídio do Celso Daniel. Sensacional. Esse artigo mostra uma das facetas desses nossos políticos. São imorais e amorais. São hipócritas e cafajestes. São larápios e desonestos. Não têm honra e dignidade, pode-se dizer, salvo raríssimas exceções, representam a escória da sociedade.

    1. Silvio Navarro

      Muito obrigado! Um abraço.

    2. Roberto Cavalcante de Mendonça
      Roberto Cavalcante de Mendonça

      Falou por eu!

  18. Antonio Rodrigues
    Antonio Rodrigues

    Esse panorama politico atual é um verdadeiro manicomio. As reformas que interessam…nada. Nem um sinal remoto das suas efetivas concretizações. Agora entra essa CPI, além do provável efeito catastrofico e retardatário que impregnará Brasilia, atuará também como um analgésico no lendário e utópico desenvolvimento econômico.
    Só esperando pra ver no que isso vai dar. Uma coisa é certa, coisa boa e positiva à nação não será.

  19. Érico Borowsky
    Érico Borowsky

    Muito bom, Silvio !

    1. Silvio Navarro

      Muito obrigado! Um abraço.

  20. Claudio Haddad
    Claudio Haddad

    Parabens Navarro….Pegando carona na afirmação acima, podemos afirmar que Democracia somente funciona onde tem Educação

    1. Silvio Navarro

      Muito obrigado! Um abraço.

  21. Marcelo Gurgel
    Marcelo Gurgel

    Infelizmente com o nível de educação do nosso povo, com os congressistas que ele elege, o Brasil continuará sendo um país do terceiro mundo.

    1. Marco Antônio Chiella
      Marco Antônio Chiella

      Concordo plenamente

  22. Fabio R
    Fabio R

    Prezado Silvio, texto primoroso.
    Estamos “presos” nas mãos destes quadrilheiros apoiados pelo “Judiciário Militante de Esquerda”.
    Pobre Brasil, não resistirá ao Mecanismo!
    Quanto ao povo…que se danem como sempre…

    1. Silvio Navarro

      Muito obrigado! Um abraço.

  23. Rodrigo Kairys
    Rodrigo Kairys

    Parabéns Silvio. Texto muito esclarecedor. Grande abraço!

    1. Silvio Navarro

      Muito obrigado! Um abraço.

    2. Silvio Navarro

      Obrigado!

    3. MARCELO GONÇALVES VILLELA
      MARCELO GONÇALVES VILLELA

      Excelente artigo!

  24. Altamirando Barreto Vieira
    Altamirando Barreto Vieira

    Navarro, quanta maestria em mostrar a verdadeira face do congresso nacional (em minúsculas mesmo). O “Grito” da capa condiz perfeitamente com o sentimento do brasileiro decente.

    1. Silvio Navarro

      Muito obrigado! Um abraço.

      1. Ivan Rabello Ferreira
        Ivan Rabello Ferreira

        Grande Silvio.
        Tenho respeitosa afinidade com seu trabalho. Sou um torcedor silencioso de seu sucesso. Gostaria de compartilhar uma reflexao que tive sobre o tema que voce abordou, sao poucas palavras, qua se associam as suas, nesses tempos de reflexao. Perdoe-me a ousadia em dar um titulo ao que ora lhe envio:
        Hoje como Outrora.
        Ha 2000 anos, um punhado de legionários romanos, sob ordens do governador da Judea, assassinava, com requintes de crueldade, um homem justo. O ato selvagem haveria de alterar para sempre a Historia da humanidade, separando sua cronologia entre antes e depois do nefasto episódio.

        A hedionda façanha fora arquitetada nos bastidores de sinagogas e por entre colunas do imponente templo do Sinedrio.

        Os fariseus e seus poderosos sacerdotes estavam incomodados com o espectro de supressão de suas regalias e prerrogativas especialíssimas. Haviam declarado guerra contra aquele justo, que simbolizava inesperada força moralizadora, que lhes denunciava a hipocrisia, e ameaçava cercear-lhes as criminosas vantagens e voluptuosas orgias.

        Tempos sombrios aqueles em que o poder zombava da população. Onde os senhores dominadores se deleitavam com prazeres improprios , enquanto o populacho esquadrinhava o monturo em busca do alimento de cada dia. Tempos em que juizes inescrupulosos falseavam acusações, ignoravam leis, condenavam inocentes, protegiam criminosos e exorbitavam de suas atribuições.

        Tempos lúgubres, de insegurança, de ignorância, de falsidade, de disseminação da mentira e de combate a verdade. Onde vitimas eram tratadas como algozes e algozes eram tratados como vitimas.

        Poderosos impérios, edificados no arbitrio e na dissolução, arruinaram-se fragorosamente, engolfados pela propria desidia que cultivaram. Foi dessas fumegantes ruínas que sobressaiu a inolvidável e imperiosa presença daquele mesmo justo que citamos no inicio de nossa narrativa. Seu luminoso Evangelho haveria de resgatar a humanidade para uma nova era de justiça e de verdade…

        Hoje, como outrora, terriveis conchavos sao entretecidos por entre colunas de templos e palacios. Interesses mesquinhos e abrasante corrupção preenche as aspirações de homenzinhos desprezíveis que enxameiam os bastidores da politica nacional.

        Hoje, como outrora, juizes inescrupulosos promovem instabilidade e insegurança para o pais, atraves de sentenças iníquas e arbítrios inimagináveis.

        Anátema aos partidos de esquerda e ao próprio STF, porque hoje, como outrora, as forças imponderáveis do bem prevalecerão sobre o monturo de insensatez, acumulado durante os anos de governança das camarilhas de esquerda.

        Hoje, como outrora, a luz sublime do Senhor da Vida, rebrilhará mais forte nos horizontes de nossa patria amada, como um fulguroso Sol, que usara os detritos pútridos produzidos pelos corruptos socialistas brasileiros como adubo para floração de verdejante oasis a acolher nosso povo sedento de paz e esperança.

        Um grande abraço.
        Hurricane Ivan

    2. Roberto Cavalcante de Mendonça
      Roberto Cavalcante de Mendonça

      Verdade verdadeira!!!

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