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Edição 59

Carta ao Leitor — Edição 59

A militância da mídia e do STF, o perigo do comportamento tribalista e a virtude platônica da temperança

Redação Oeste
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A chamada grande imprensa já fez sua escolha: um terço da opinião pública continuará sendo ignorada, menosprezada ou simplesmente ridicularizada. É a “massa de manobra”. É o “gado”. São os “radicais fascistas”, gente que não preza a democracia e quer golpe militar.

Não encontram repercussão na mídia as manifestações democráticas nas redes sociais e nas ruas dos brasileiros patriotas que estão cansados dos desmandos do STF, não aprovam o lockdown e querem voltar a produzir. Fica até mal disfarçada a raiva contra esse contingente expressivo da população. O editor-executivo Silvio Navarro investiga o fenômeno na reportagem de capa desta Edição 59 da Revista Oeste, “O Brasil que a imprensa não vê”.

Em consonância com o pensamento predominante nos meios de comunicação, o STF encena para o país o espetáculo da solidez das “instituições democráticas”. Seríamos, segundo esse script, um país em que os pilares republicanos estão preservados — exceto pelos abalos produzidos apenas pelo Poder Executivo. A Suprema Corte pode até eventualmente cometer pequenos equívocos, mas, no geral, cumpre seu papel com imparcialidade. É isso mesmo? Diz J. R. Guzzo: “Estamos, aí, diante da imaginação em estado puro. Acreditar nisso é o equivalente a dizer que os cinco evangelistas eram três — Esaó e Jacu”.

Onde vai dar o tribalismo insano, do qual o STF é um dos agentes? A politização de todos os aspectos da vida em sociedade — e até de questões relacionadas a saúde — tende a elevar as tensões a níveis perigosos. O colunista Rodrigo Constantino alerta: “Se do lado de lá não há humanos que discordam das nossas bandeiras, mas sim vermes que querem nos destruir, então o extermínio desses ‘vermes’ passa a ser pregado como algo aceitável”.

Não há sinais de que esse cenário possa mudar a médio prazo. Cada vez mais as pessoas têm menos disposição de trafegar fora do que lhes é comezinho. É rara a paciência com ideias que, num primeiro momento, pareçam distantes do conjunto de crenças cultivado. Theodore Dalrymple, um dos nomes de maior destaque do pensamento conservador na Europa, lembra como seus textos sobre lugares desconhecidos eram bem-aceitos no passado. Hoje, ele lamenta, “ninguém mais se interessa por algo que já não conhece”.

A temperança, uma das virtudes platônicas, é indispensável no enfrentamento dos desafios contemporâneos.

Boa leitura.

Os Editores.

 

8 comentários
  1. Erasmo Silvestre da Silva
    Erasmo Silvestre da Silva

    A gente tá vivendo de mentiras. Vocês que tem lastro me digam se é verdade que os governos estaduais e municipais recebem 19.900 por morte de covid

  2. Erasmo Silvestre da Silva
    Erasmo Silvestre da Silva

    Essa Oeste é minha escola

  3. Martha De Gennaro
    Martha De Gennaro

    Ainda bem que existe a Revista Oeste.

  4. Fabio Augusto Boemer Barile
    Fabio Augusto Boemer Barile

    A chamada da matéria deveria ser: “O BRasil que a imprensa DESPREZA”. Pois é isso que essa imprensa decadente sente por mim e outros tantos milhoes. Só tenho algo mais a dizer: o sentimento e recíproco.

  5. Roberto Cavalcante de Mendonça
    Roberto Cavalcante de Mendonça

    Cidadãos! Tomemos coragem de nos somar aos milhões de Irmãos brasileiros quem simplesmente só conseguem sentir hoje pelo STF e as figuras caricatas que o compõe; asco, nojo, repugnância, repulsa et cetera. Segue um aforismo que trago da minha infância – “com a devida venia” – aos senhores do STF: a instituição é grande; mas não é duas! Portanto; humildade é uma das virtudes que parece não lhes ser permitida exercitar. Ainda existe tempo…

  6. CARLOS ALBERTO DE MORAES
    CARLOS ALBERTO DE MORAES

    O STF já não teme nada. Percebeu que nenhum poder no Brasil tem coragem de enfrenta-lo. Então, pode tomar a medida que quiser, que tem a certeza que será obedecida.

  7. Daniel Brito Guimarães
    Daniel Brito Guimarães

    O STF está provando que aranha escuta pelas patas. Existe um experimento para comprovar e é assim: 1. coloca-se a aranha sobre uma mesa e dá-se um tapa na mesa. 2. Observar-se-á que a aranha vira-se para o local de onde veio a vibração. 3. Tira-se uma das patas da aranha e prossegue-se com o tapa. 4. A aranha vira em direção a vibração. 5. procede-se com o arrancar de patas seguido de tapas na mesa até o ponto em que a aranha, sem mais pata alguma, permanece parada. A conclusão é a mesma que o STF quer nos fazer engolir como verdade: A ARANHA ESCUTA PELAS PATAS!

    1. Diva Leonor Monteiro
      Diva Leonor Monteiro

      O cenário é preocupante. Quando se viu o STF, a mídia tradicional, artistas, influenciadores, ONGs, todos unidos aos opositores políticos para destruir um governo que não permite propina e acordões TRilionários? Destroem a imagem do país no exterior para prejudicar produtos brasileiros e transformar o Brasil num pária internacional? Um governo que recupera obras inacabadas pelo Brasil afora mas que é taxado de governo sem obras próprias ? Um governo que está exportando alimentos para o mundo, mas que precisam ser banidos das prateleiras européias ? Assistimos hoje a uma guerra de narrativas, sem tiros, sem bombas, mas com efeito moral incalculável. Não estão preocupados com o Brasil é sim com a causa socialista, É o vale tudo.

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