Cientistas da Universidade de Bristol, no Reino Unido, descobriram um novo grupo sanguíneo. A descoberta resolveu um mistério que durou 50 anos e afetou a eficácia das transfusões de sangue em hospitais espalhados pelo mundo. Além dos tipos A, B, AB e O, as pessoas também podem ser positivas ou negativas para o antígeno AnWj. A pesquisa foi publicada no periódico Blood, na última segunda-feira, 16.
O AnWj e suas implicações
Os cientistas concluíram que algumas pessoas não possuem o novo grupo sanguíneo, em virtude das doenças como câncer ou desordens hematológicas. Contudo, há casos raros em que a pessoa nasce sem ele. A existência do AnWj era conhecida desde 1972, mas sua origem genética era desconhecida até agora.
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Os cientistas chegaram a essas conclusões enquanto estudavam uma amostra de 2015 do sangue de uma paciente. Também pesquisaram outros quatro casos raros de pessoas geneticamente AnWj negativas. “O trabalho foi difícil, porque casos genéticos são raros”, afirmou Louise Tilley, pesquisadora sênior do Grupo de Sangue e Transplante.
Nicole Thornton, chefe do laboratório de serviço, acredita que a descoberta permitirá melhorar os testes de compatibilidade sanguínea antes de transfusões.
“Testes de genótipos agora podem ser desenvolvidos para identificar geneticamente os pacientes e os doadores AnWj negativos”, afirmou Thornton. “Esses exames podem ser adicionados às plataformas já existentes de testes de genótipos.”