Lisa Pisano, a segunda paciente a receber um transplante de rim de porco geneticamente modificado, morreu, no último domingo, 7. A norte-americana viveu com o órgão por 47 dias.
Os médicos do Hospital NYU Langone Health, em New Jersey, EUA, implantaram o órgão na mulher em 12 de abril — oito dias depois de receber uma bomba cardíaca mecânica.
Apesar dos esforços em tentar salvá-la com rim de porco, os médicos tiveram de removê-lo. Os cirurgiões tiveram de fazê-lo por causa dos danos causados por fluxo sanguíneo inadequado, relacionado à bomba cardíaca.
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Depois da remoção do rim, Lisa voltou à diálise renal. No entanto, os médicos tiveram de transferi-la para cuidados paliativos — tratamento da dor e de outros sintomas de natureza física.
Ela foi a primeira paciente a ter uma bomba cardíaca e receber um transplante de órgão simultaneamente. Trata-se de um procedimento arriscado, em razão do alto risco de morte.
“As contribuições de Lisa para a medicina, cirurgia e xenotransplantação não podem ser exageradas”, afirmou Montgomery, em comunicado. “Sua coragem deu esperança a milhares de pessoas que vivem com insuficiência renal.”
O primeiro receptor de um transplante de rim de porco
O primeiro receptor de um transplante de rim de porco geneticamente modificado também morreu quase dois meses depois de passar pelo procedimento. A família confirmou a morte em 11 de maio.
Os cirurgiões transplantaram o órgão em Richard Slayman no Massachusetts General Hospital. Os médicos disseram acreditar que o rim de porco duraria pelo menos dois anos.