Pessoas que se tratam de doenças autoimunes como a artrite e o lúpus não estão encontrando os remédios indicados nas farmácias
A hidroxicloroquina é um dos principais medicamentos para o tratamento de doenças autoimunes, como a artrite e o lúpus. Com as declarações do presidente americano de que ela é eficiente contra o coronavírus e a subsequente corrida das pessoas às farmácias, muitos estão sendo obrigados a modificar suas rotinas e tratamentos.
A autônoma Marcelle Fassine, de 35 anos, trata um lúpus há mais de dez anos e não sabe o que vai fazer se o remédio acabar: “Desde ontem, já percorri quase todas as farmácia daqui do Rio, liguei para várias, tentei comprar pela internet, mas também não consegui”. Ela contou que ainda possui uma semana de estoque do medicamento e que pretende cortar a dose pela metade.
No Brasil, o medicamento, também utilizado no tratamento da malária, é fabricado por três laboratórios: Apsen, EMS e Sanofi Aventis. Segundo a Ultrafarma, um dos principais sites de venda de remédios do Brasil, não existe mais o medicamento em estoque e a reposição deve demorar, já que a prioridade das fabricantes é atender aos hospitais.
De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia, José Roberto Provenza, é inaceitável que as pessoas comprem medicamentos de que não precisam. Ele lembra que a hidroxicloroquina só deve ser utilizada com orientação de um médico.
Com informações do Estadão Conteúdo.
Como as pessoas são irresponsáveis.