O “Escolas Abertas” entende que manter as salas de aula fechadas causa uma série de danos a crianças e adolescentes
Pais e mães incomodados com a gestão da prefeitura de São Paulo durante a crise do coronavírus criaram um movimento que pede a reabertura gradual das atividades escolares presenciais em todas as instituições de ensino do município.
O “Escolas Abertas” entende que manter as salas de aula fechadas causa uma série de danos a crianças e adolescentes. Amparado na opinião de pediatras e numa série de estudos publicados recentemente, o grupo aponta que os prejuízos causados aos jovens envolvem distúrbios alimentares, aumento da taxa de gravidez precoce, abusos e maus tratos, uso de drogas, violência, ansiedade e danos psicológicos, além do agravamento da defasagem pedagógica, das desigualdades sociais e redução da renda familiar.
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De acordo com a tradutora Paula Doherty, uma das mães que fazem parte do movimento, o objetivo dos voluntários é garantir a reabertura das escolas públicas e privadas em 2021. Segundo ela, as aulas presenciais já poderiam ter voltado: “Desde setembro, quando entramos na fase amarela, as escolas já poderiam ter voltado a funcionar, com aulas curriculares e 35% da capacidade de alunos da escola. No entanto, a prefeitura só em outubro permitiu o retorno. Ainda assim, com apenas 20% dos alunos e somente aulas extracurriculares e de reforço pedagógico”.
O “Escolas Abertas” informa em seu site que a reabertura gradual das atividades escolares presenciais deve se adequar aos protocolos de higiene e distanciamento estabelecidos pelo governo do Estado de São Paulo — cabendo às famílias a decisão sobre levar seus filhos para a escola.