Presidente Jair Bolsonaro quer um ministro que defenda publicamente mudança de protocolos sobre o coronavírus
Após a saída de Nelson Teich do Ministério da Saúde, quatro nomes figuram com os mais prováveis para assumir a pasta a partir de agora: a médica Nise Yamaguchi, o ex-ministro da Cidadania Osmar Terra (MDB-RS), o atual secretário-executivo do ministério, general Eduardo Pazuello, e o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), dr. Lincoln Lopes Ferreira.
CRISE NO MINISTÉRIO: Nelson Teich pede demissão
O presidente da República, Jair Bolsonaro, deseja um perfil específico para bater o martelo e definir o sucessor de Teich. Ele quer alguém que compre a briga da hidroxicloroquina e mude o protocolo para a indicação do medicamento nos primeiros sintomas. Esse foi o principal ponto de divergência entre o agora ex-ministro da Saúde e o presidente da República.
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Desde segunda-feira, 11, Bolsonaro defende em público e nos bastidores, a defesa da mudança de protocolo. Tal defesa intransigente irritou Teich, que se sentiu desautorizado, sobretudo após o presidente falar isso em videoconferência com empresários na quinta-feira última, 14.
A publicação dos decretos que incluem salões de beleza e academias no hall de atividades essenciais também foi motivo de atrito. A gota d’água, porém, foi a divergência sobre a hidroxicloroquina. “Toda essa saída do Teich gira em torno disso. Então, o presidente vai tentar achar alguém que banque a mudança do protocolo”, destacou uma fonte governista com acesso direto ao presidente, ouvida por Oeste em caráter reservado.
Cotados
O nome do secretário-executivo do Ministério da Saúde, o ‘02’ da pasta, desponta nos bastidores como o mais forte para assumir o comando. “Ele é um solucionador de crises”, sustentou um outro interlocutor do governo. Além disso, as fontes militares também defendem o general Eduardo Pazuello. Isso é outro fator que joga a favor do hoje secretário-executivo do ministério.
REVISTA OESTE: Cloroquina – a solução que venceu a ideologia
A imunologista Nise Yamaguchi, integrante do gabinete federal de combate à crise do novo coronavírus no país, também possui chances. Ela tem como fatores positivos o fato de defender o uso precoce da cloroquina, tal qual o presidente, e a redução do isolamento social. No final da manhã desta sexta-feira, 15, a médica conversou diretamente com o presidente da República no Palácio do Planalto. O teor da conversa não foi divulgado. Além disso, a médica também é bem vista pela chamada “ala ideológica” do governo.
EXCLUSIVO: A médica Nise Yamaguchi defende o uso precoce da hidroxicloroquina
Outro cotado é Terra. Joga a favor do ex-ministro o fato de ele ser alinhado ideologicamente com o presidente, ser um quadro de confiança dos filhos de Bolsonaro e ter feito trabalho satisfatório de combate ao H1N1 à frente da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul. Pesa contra ele, porém, o fato de que seus prognósticos sobre o número de casos e mortes por covid-19 não foram confirmados. Ele chegou a prever um total de 700 óbitos. E aliados do presidente afirmam que esse detalhe poderia trazer para Bolsonaro “crises desnecessárias”.
Por fim, a possibilidade de mudança do protocolo com base em estudos científicos conduzidos pela Associação Médica Brasileira (AMB) credencia nos bastidores o presidente da entidade, Lincoln Ferreira, como o ministro da Saúde. É um nome bem avaliado por Bolsonaro tendo, inclusive, sido ouvido pelo governo antes da escolha de Teich. É alguém que, afirmam governistas, bancaria a mudança de protocolo defendida pelo presidente.
Conclusão: Está todo mundo perdido, agora só posso crer que a vaidade do Dr. NELSON o fez assumir esse cargo achando que podia tudo. Não devia ter aceitado, feijão!
Nise Yamagushi sim, Osmar Terra não,pois e um Avestruz!
Seja lá quem for o indicado, o importante é que bote ordem nessa bagunça que se transformou o Ministério da saúde.
Dra. Nise é o melhor nome.
Terra pode até integrar o Ministério, como um 02, não como titular.
Confirmando-se a capacidade de gestão de Nise, ela parece ser a melhor opção.
Pazuello é bom gestor, mas não é médico. Não terá respeito da comunidade médica e nem científica.
Dr. Lincoln Lopes desconheço completamente. Meu voto é da Nise.
Bolsonaro podia aproveitar a oportunidade e mandar embora junto com a Nelson teich, a pessoa no governo que indicou essa ameba pra substituir o mandeta.
Não sei pq não colocou alguém em linha com o pensamento dele. Qualquer um desses nomes será melhor do q alguém q não comunga da mesma premissa. Qto ao ministro, obrigado e vida q segue.
Nise Yamagushi sabe o que diz, trabalha com a HCQ. Osmar Terra não.