Apoiado pela comunidade médica, Lincoln Ferreira é bem avaliado pelo governo por presidir entidade que comanda estudo sobre a hidroxicloroquina. Pesquisa pode nortear protocolos de uso do medicamento
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Foto: Leo Martins/AMB/Divulgação
Cotado para assumir o Ministério da Saúde, o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Lincoln Ferreira, não confirma se assume o cargo. Afinal, nem recebeu um convite formal do governo para analisar. Em conversa com Oeste, o médico comenta o assunto e o estudo observacional com a hidroxicloroquina conduzido pela entidade.
Dentro do governo e entre aliados no Congresso, o estudo da AMB é avaliado como a credencial necessária para que Ferreira seja o sucessor de Nelson Teich no Ministério da Saúde. A expectativa é que o trabalho feito ajude a nortear a mudança de protocolo para a indicação da hidroxicloroquina nos primeiros sintomas.
A mudança de protocolo, explicam governistas, pode ser efetuada de duas formas. Na “marra”, com o ministro da Saúde propondo-a por normativas internas da pasta. Ou ancorada em estudos científicos, como o da AMB. “Esse estudo se encontra sendo desenhado, é uma proposta que apareceu para transformar literalmente o conhecimento e a atitude do médico em ciência. Isso é o papel da AMB”, sustenta Ferreira.
O estudo é de caráter observacional e está em fase de desempenho para seguir os parâmetros científicos e éticos de consentimento entre médico e paciente a fim de orientar determinadas formas de protocolo. “A característica dele é essa, é observacional, é pegar os dados do que está sendo feito e tabulá-los para, daí, produzir conhecimento e fazer ciência. E isso é algo que a AMB sempre se põe a fazer posto que nós nos fundamentamos”, destaca.
Solução
As pesquisas não têm nenhuma outra acepção que não seja a de colaborar no sentido de encontrar uma possível solução, desde que comprovada cientificamente para o enfrentamento da covid-19, garante Ferreira. “Não tem nenhum outro foco além disso”, avisa.
O médico minimiza, contudo, a associação do estudo com a possibilidade de ele receber um convite para assumir o ministério. “Me credencia a continuar como presidente da AMB. De resto, nenhum tipo de contato oficial dessa natureza [assumir o Ministério da Saúde] foi feito”, analisa.
Especulações
As informações de que possa assumir o ministério não passam de especulações, pondera o presidente da AMB. “Essas especulações se passam porque da outra vez ocorreu esse tipo de especulação, mas não têm rigorosamente nada de oficial e, na realidade, volto a dizer, o estudo de característica observacional é de acordo com a natureza da AMB”, explica.
Dentro do governo, há quem fale na expectativa de ver o estudo pronto em algumas semanas. Mas Ferreira não garante isso. “Não dá para atropelar. Está sendo desenhado como qualquer estudo científico que parte de um desenho para que os resultados apurados possam ser tabulados e convertidos em conhecimento científico”, justifica.
Currículo
Além de comandar o estudo sobre a hidroxicloroquina, pesam a favor de Ferreira o apoio da comunidade médica e o currículo. Graduado em medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 1982, ele é cirurgião geral e gastroenterologista. Tem MBA pela Fundação Getúlio Vargas em Gestão de Organizações Hospitalares e Sistemas de Saúde. Atualmente, é cirurgião geral do Hospital Socor.
Ferreira também tem especialização em Administração em Saúde pela Associação Brasileira de Medicina Preventiva e Administração em Saúde. Comandou a Associação Médica de Minas Gerais e departamentos da entidade. Desde 2017, preside a AMB e, em 2019, tornou-se o presidente da Confederação Médica Latino-Americana e do Caribe (Confemel).
Pelo jeito vai ser mais um que vai “esperar por estudos conclusivos” e não vai indicar o uso da cloroquina imediatamente.
Espero que a indicação seja só especulação da imprensa.
Também acho que Osmar Terra seria o melhor a assumir o cargo, deve ter algum “boi na linha” para o Presidente ainda não tê-lo indicado.
Vamos ver, espero que não erre pela terceira vez.
O melhor nome é Osmar Terra. Hà pouco massacrou Alckmin na CNN.
Pra mim um político na Saúde é ideal estar numa UTI em estado terminal, assim como um político na economia seria estar na miséria, assim como um político na educação teria que ser aluno primário de um Lula ou uma Dilma.
Sei não!… É um completo desconhecido pra mim.
Sentia Teich amarrado por causa da aproximação com o presidente do CFM, que se declarou contrário a recomendação ao protocolo do HCQ, pra agradar o Doria.
Bolsonaro precisa pensar bem. Desde que não indique um POLÍTICO ou indicado de POLÍTICO, mas um técnico, preparado, respeitado e FIRME pra se IMPOR dentro do Ministério… tá valendo! O Brasil não merece outro político na saúde!
Sou defendora da Dra Nise Yamagushi porque conhece o tratamento com a HCQ, é defensora convicta e tem respaldo científico pra COMBATER OS ARGUMENTOS CONTRÁRIOS DA MILITÂNCIA NO SUS. Osmar Terra só conhece o H1M1 e por ser político, vai LOTEAR o Ministério Saúde novamente.