Ao confirmar sua renúncia, o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, voltou a defender a necessidade de privatizar a empresa.
Em coletiva virtual na segunda-feira 25, ele disse que uma das razões para deixar o cargo é porque não vê a privatização da companhia como prioridade no Congresso Nacional.
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Para Wilson Ferreira Junior, “se o assunto não for julgado rapidamente, no primeiro semestre, será difícil viabilizá-lo este ano”. Na avaliação dele, em 2022, ano de eleição, o projeto encontraria dificuldade ainda maior.
Em um balanço da gestão, Ferreira Junior destacou que todas as distribuidoras de energia da empresa consideradas deficitárias foram privatizadas até dezembro de 2018.
O agora ex-presidente da Eletrobras fará a transição e deixará o cargo em março. Wilson Ferreira Junior aceitou o convite do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e continuará como membro do conselho de administração da companhia.
Ainda não há nome para substituí-lo no cargo. Ele foi convidado para substituir Rafael Grisolia no comando da BR Distribuidora.
Eletrobras
Quase 63% das ações da Eletrobras pertencem à União, ao BNDES e a fundos do governo federal. O restante, em torno de 90 mil acionistas, está espalhado pelas bolsas de valores de São Paulo, Nova York e Madri.
De que forma se dará essa privatização?