Segundo presidente americano, alguns Estados já atendem critérios para reiniciar suas atividades econômicas amanhã se quiserem
“É o que os americanos precisam e querem”. Foi assim que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, começou sua entrevista coletiva na Casa Branca nesta quinta-feira, quando detalhou as diretrizes de reabertura do país. “Nós temos a maior economia do mundo e a fechamos para podermos ganhar esta guerra [contra o coronavírus]. Agora que passamos do pico dela, é hora de rejuvenescê-la”.
O discurso ocorreu no dia em que o país atingiu 31 mil mortes e mais de 624 mil casos da covid-19. Trump estava acompanhado de seu vice, Mike Pence, do Dr. Anthony Fauci e da Dra. Deborah Birx, imunologistas que vêm guiando o presidente americano durante toda a pandemia.
Trump agradeceu a toda a população pela cooperação durante o confinamento e pediu para que continuem a seguir as instruções dadas, como ficar em casa se estiverem se sentindo mal, manter os cuidados com a higiene e o distanciamento social necessário.
Ao falar sobre as diretrizes da reabertura, ele afirmou que todas elas seguirão os padrões científicos e que cada Estado americano iniciará a reativação da economia local no momento em que se sentir realmente pronto para isso. Percebe-se mudança no discurso feito na semana passada, quando disse que, como presidente, podia tomar as decisões sobre a pandemia sozinho.
“Se o vírus voltar no outono, e os cientistas acreditam que isso pode acontecer, o país estará pronto para seguir em frente”, afirmou Trump durante o anúncio. “Estamos todos trabalhando juntos, democratas, republicanos, liberais, para vencer esse desafio”.
Segundo o vice-presidente Mike Pence, até o final de abril, os Estados Unidos terão feito 5 milhões de testes para covid-19. O que vai determinar se um Estado está pronto ou não para reativar sua economia é o fato de o vírus ter sido vencido e a probabilidade dele voltar.
Coube então à Dra. Birx explicar as diretrizes das três fases da reabertura, que só deve ser iniciada quando um estado apresentar queda nos números de casos por 14 dias seguidos.
Primeira fase
- Grupos de risco permanecem em casa
- O distanciamento social continuara a ser a norma de quem puder sair
- Aglomerações de mais de dez pessoas continuarão a ser desestimuladas
- Viagens não-essenciais também deverão ser evitadas, seguindo as normas do Centro de Prevenção a Doenças (CDC)
- Escolas permanecerão fechadas
- Visitas a idosos em asilos e hospitais continuarão proibidas
- Grandes estabelecimentos (incluindo restaurantes) poderão operar sob protocolos restritos de distanciamento pessoal
- Academias de ginástica poderão abrir se aderirem a protocolos restritos de distanciamento também
- Cirurgias eletivas podem ser retomadas de forma ambulatorial (fora dos hospitais)
Segunda fase
- Grupos de risco permanecem em casa
- O distanciamento social continuara a ser a norma de quem puder sair
- Evitar reuniões sociais com mais de 50 pessoas
- Viagens não-essenciais podem recomeçar
- O trabalho remoto deve continuar a ser encorajado
- Empregadores devem fechar áreas de convívio comuns nas empresas
- Considerar acomodações especiais para populações em situação de vulnerabilidade
- Escolas, creches e acampamentos podem reabrir
- Visitas a asilos e hospitais devem ser proibidas
- O distanciamento social em grandes estabelecimentos deve ser moderado
- Cirurgias eletivas podem ser retomadas em hospitais e ambulatórios
Terceira fase – o novo “normal”
- Grupos de risco podem retomar as interações sociais, mas mantendo o distanciamento social
- O resto da população deve minimizar o tempo gasto em ambientes muito cheios de gente
- Empregadores podem retomar seus ambientes de trabalho sem restrições
Dr. Birx