O ataque hacker que deixou fora do ar o site e o aplicativo das Lojas Renner na sexta-feira 20 acendeu novamente o alerta sobre os riscos de da segurança cibernética no Brasil. Segundo reportagem publicada neste sábado, 21, pelo jornal O Estado de S. Paulo, a média mensal de ataques do tipo contra empresas brasileiras é de 13 mil, de acordo com levantamento da ISH Tecnologia.
Desses ataques, cerca de 57% são do tipo ransomware — nos quais é pedido resgate em dinheiro às companhias. Segundo a empresa Unit 42, os valores cobrados pelos criminosos saltaram 82% no último ano, chegando a uma média de US$ 570 mil por ocorrência.
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Enquanto os hackers parecem cada vez mais ousados, os investimentos das empresas em segurança não são compatíveis com o tamanho do problema. Dados divulgados pela consultoria de risco Cyber Risk e pela corretora Marsh Brasil apontam que, do total de orçamento com Tecnologia da Informação (TI) das companhias, apenas 5% são de gastos com segurança cibernética.
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No setor financeiro, uma das exceções, essas despesas sobem um pouco, chegando a algo entre 15% e 18% do orçamento das companhias para TI.
A Renner, evidentemente, está longe de ter sido um caso isolado. Operações locais e globais de outras empresas brasileiras, de diferentes áreas de atuação, também foram afetados por ataques hackers recentes — como JBS, Fleury, Protege, entre outras.
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Só utilizar os sistemas do TSE. São “impenetráveis”.