A Microsoft anunciou que não vai rotular publicações na rede social profissional LinkedIn e no buscador Bing como fake news. A big tech informou que, com essa medida, pretende fugir das acusações de estar “censurando” o discurso on-line.
“Não acho que as pessoas queiram que os governos lhes digam o que é verdadeiro ou falso”, disse o presidente da Microsoft, Brad Smith, à agência de notícias Bloomberg. “E não acho que a população esteja realmente interessada em que as empresas de tecnologia definam isso.”
Smith disse que a Microsoft tem como foco o rastreio e a divulgação de campanhas de desinformação que visam seus clientes do setor público e privado. O objetivo, segundo ele, é fornecer mais informações sobre quem está falando e o que estão dizendo como forma de permitir que os usuários tenham seu próprio julgamento se o conteúdo é verdadeiro.
“Temos de ser muito cuidadosos, porque — e isso também é verdade para todos os governos democráticos — fundamentalmente as pessoas querem, com razão, tomar suas próprias decisões. E deveriam fazer isso”, afirmou.
O presidente da Microsoft argumentou que a companhia prefere fornecer mais informações às pessoas em vez de colocar selos que indicam fake news. “Não podemos tropeçar e usar o que outros podem considerar censura como tática”, afirmou.
A decisão pode ser uma resposta à reação negativa enfrentada pelo Facebook e pelo Twitter depois das tentativas de sinalizar e remover posts com informações rotuladas como enganosas.
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Facebook e Twitter vivem na linha entre o limite jurídico e o lucro, Microsoft sempre andou na linha da racionalidade, até porque ela nem precisa disso por ser praticamente um monopólio em alguns campos como OS mas extremamente competitiva em outros ramos.
O melhor combate a fake news é a informação e não a censura!
Simples, sensato e justo.