Estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento projetam uma “sobra” entre 500 mil e 600 mil toneladas de arroz neste ano no Brasil, em comparação com a safra passada (2019/2020). Com esse cenário, entidades do setor de proteína animal pensam em utilizar o cereal como substituto do milho na alimentação de bovinos, suínos e aves. A alternativa é discutida devido à quebra prevista entre 20% e 30% no milho segunda safra, o que tem provocado a alta dos preços do grão no mercado interno. Por consequência, indústrias de proteína animal têm realizado compras em outros países com valores mais competitivos.
“Não faltará arroz na mesa”, artigo de autoria do pesquisador Evaristo de Miranda publicado na Edição 41 da Revista Oeste
A viabilidade da troca temporária ainda está sendo estudada pelas unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Clima Temperado — localizada em Pelotas, no Rio Grande do Sul — e Suínos e Aves — que fica em Concórdia, Santa Catarina. Pesquisas iniciais já mostraram resultados nutricionais “excelentes”. No entanto, o acordo não está fechado e deve ser discutido entre os integrantes do setor de arroz e de proteína animal nas próximas semanas.
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Uai, onde está a potência do agronegócio que alimenta 25% do mundo se está faltando comida até para os animais? Enfim…