A safra de cana-de-açúcar de 2021/22 será a pior dos últimos dez anos no Brasil, o maior produtor do mundo.
A estimativa de produção da Companha Nacional de Abastecimento (Conab), divulgada nesta quarta-feira, 24, indicou a redução.
A oferta será de 568 milhões de toneladas, redução de quase 14% em relação à última safra e o menor volume desde 2011/12, quando foram produzidos 560 milhões de toneladas.
Os dados apresentados hoje indicam um novo corte na estimativa. Desde maio, a Conab vem reduzindo a previsão para a safra.
“A terceira estimativa considera os efeitos climáticos adversos da estiagem durante o ciclo produtivo das lavouras e as baixas temperaturas registradas em junho e julho deste ano”, informou o relatório da Conab. “Também houve episódios de geadas em algumas áreas de produção, sobretudo em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná”, acrescentou o documento.
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Impactos sobre os derivados
Com a menor oferta de matéria-prima, os efeitos sobre os produtos derivados da cana passam a ser inevitáveis.
A produção nacional de açúcar está estimada em 33,9 milhões de toneladas na safra 2021/22, o pior desempenho dos últimos dois anos. O volume representa uma queda de 17,7% em comparação à safra passada.
Para o etanol, a situação não é diferente. A oferta total do combustível, considerando a produção proveniente da cana-de-açúcar e do milho, será de 28,2 bilhões de litros, o menor volume produzido pelo Brasil nos últimos cinco anos.
O resultado representa um corte de 13,7% em relação ao volume da safra passada.
“Houve grande concorrência de cultivos anuais, como soja e milho, que ganharam ótima rentabilidade recentemente e influenciaram diretamente na destinação de área para cana-de-açúcar”, destacou o relatório.
Os produtores tiveram que se adaptar. Um conhecido político está bebendo mais moderadamente.