Taxação: aço e ferro estão na mira do ‘pacote verde’ da UE

As vendas de aço e ferro do Brasil para a União Europeia (UE) podem sofrer reflexos da nova taxa de carbono imposta pelo bloco econômico. Conforme a Revista Oeste antecipou, a UE deverá cobrar uma tarifa das empresas para importar de países que não atenderem a determinados padrões ambientais.

A taxação está no chamado “pacote verde”, anunciado nesta quarta-feira, 14, e com o qual a UE pretende alcançar suas metas de reduzir em pelo menos 55% suas emissões de gases poluentes até 2030.

“O sequestro da bandeira ambiental”, artigo publicado na Edição 63 da Revista Oeste

O imposto vai forçar importadores de aço, cimento, alumínio e fertilizantes a pagar um custo a mais pelo produto comprado de países com baixo ou sem nenhum estímulo para a construção de uma matriz menos poluente. A UE diz que essa é a única maneira de assegurar uma concorrência justa para as companhias locais que tentam reduzir suas emissões.

A Rússia, a China e a Turquia devem ser os principais afetados. Aqui no Brasil, o risco também existe, mas em peso menor.

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As exportações de aço e ferro cobertas pela medida representaram, no caso brasileiro, 10,4% das exportações totais dessas mercadorias. Em casos específicos, como aços laminados planos, sem determinação de largura, as vendas para a UE alcançam 90% dos embarques do país para o exterior.

No caso do alumínio, as exportações brasileiras para o bloco econômico representavam 0,34% das vendas desse produto; cimento, apenas 0,02% das exportações totais; e fertilizantes, o mesmo porcentual.

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