Assim como aconteceu com o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), o advogado Túlio Silveira, da Precisa Medicamentos, também passou da condição de testemunha para a de investigado na CPI da Covid. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 18, pelo relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL).
A justificativa para a mudança, segundo o senador, é o “silêncio constrangedor” de Silveira no depoimento de hoje ao colegiado. Para Calheiros, o comportamento do advogado “ecoa indícios de participação em prováveis negociações” suspeitas. Silveira teria participado das tratativas para a aquisição da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde.
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Até o momento, o advogado da Precisa preferiu permanecer em silêncio e não respondeu à maioria das perguntas dos integrantes da CPI. A sessão chegou a ser suspensa pelo presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), no início da tarde.
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“Prefiro que o senhor me desrespeite e me responda, mas acabe com essa conversa de ‘com todo o respeito’, porque isso aí é falta de respeito. O senhor falar em respeito é uma falta de respeito para a gente. O senhor pode me desrespeitar, mas responda às perguntas. Vou suspender a sessão por 30 minutos. Vamos comer agora e depois a gente conversa. Eu vou tomar algumas providências”, ameaçou Aziz.
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