Segundo secretário de Educação do Estado de São Paulo, entretanto, estudantes precisarão entregar um mínimo de atividades
Em um ano em que o mundo parou em razão da pandemia de covid-19, a maior vítima da paralisia pode ser a educação. Os estudantes da rede pública estadual de São Paulo de todas as séries não serão reprovados por desempenho e seguirão para o próximo ano escolar em regime de progressão continuada.
De acordo com o secretário de Educação do Estado de São Paulo, Rossieli Soares, os estudantes precisarão entregar um mínimo de atividades para passar de ano. Entretanto, segundo a pasta, 15% dos alunos da rede, cerca de 500 mil, não entregaram sequer uma tarefa. “Sentimos esse desânimo acontecendo”, reconheceu Soares, em reportagem para o jornal O Estado de S. Paulo. Segundo o secretário, deverá ser reforçada a busca ativa desses estudantes. “Temos inúmeras frentes e vamos reforçar ainda mais. Vamos buscar os estudantes, disparar SMS, enviar e-mail, sinal de fumaça, o que tiver.” A rede teme maior abandono e evasão este ano.
Leia mais sobre o assunto na reportagem de capa da edição 26 da Revista Oeste: “A geração covid-19 e o Brasil com o futuro comprometido”
Um parecer do Conselho Nacional de Educação recomenda que escolas públicas e privadas evitem a reprovação de estudantes neste ano em razão da pandemia. Conforme o órgão, a orientação se fundamenta em pesquisas que mostram que a repetência é um dos fatores para evasão de jovens. Escolas particulares têm autonomia para decidir se reprovam ou não.
Em vez de retomarem as aulas e estimularem o contato pessoal entre alunos e professores, muitos estabelecimentos de ensino permanecem fechados enquanto bares, shoppings e praias seguem lotados em todo o país. A solução da “aprovação continuada” apenas empurra o problema para a frente e escancara ainda mais a falência educacional do Brasil. A conta chegará para todos.
Esse é a geração de amanhã e futuros gestores do País. Aprovados sem aulas. Só nessa republiqueta bananeira mesmo.
Não se preocupe com eles, ficarão pelo caminho.
Aprovado em que, se não teve aula?
Até parece que só agora perceberam que as escolas estão fazendo aprovações automáticas. Isso já acontece há anos! Esse negócio de levar bomba ou prestar exames de 2ª época era só para nós os “boomers” de meados do século passado. Naqueles tempos havia seriedade e vergonha na cara dos educadores e das escolas públicas. Se o malandro repetisse duas vezes, era simplesmente jubilado (desligado, nada a ver com júbilo) da escola pública, para ceder lugar par quem tivesse interesse em aprender.