A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta sexta-feira, 28, liberar a venda de autotestes de covid-19 no Brasil. Contudo, a decisão não tem efeito imediato: cada empresa interessada em comercializar sua versão do produto precisa pedir um registro à Anvisa, que vai analisar a solicitação.
A medida vale apenas para os chamados testes de antígenos (feito a partir do swab nasal que coleta o material no fundo da boca e do nariz e busca sinais de anticorpos gerados pelo corpo pós-infecção), e não se aplica aos testes RT-PCR (mais precisos e que detectam a presença do material genético do coronavírus).
Conforme estabeleceu a Anvisa, ficou definido que o Ministério da Saúde (MS) vai incluir orientações sobre o uso dos autotestes em uma atualização do Plano Nacional de Expansão de Testagem para Covid-19.
A Anvisa aceitou a argumentação do governo de que é preciso diferenciar o registro do resultado de um autoteste e a notificação de um caso de covid. A demanda havia sido feita previamente pelo MS.
“A partir do resultado positivo, procure uma unidade de atendimento de saúde (ou teleatendimento) para que um profissional de saúde realize a confirmação do diagnóstico, notificação e orientações pertinentes”, informou a Anvisa.
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