Em um vídeo publicado nas redes sociais, Vitória Medeiros, filha de Geraldo Martins de Medeiros Júnior, que pilotava o avião que caiu em Caratinga (MG) no dia 5 de novembro, matando a cantora Marília Mendonça e mais quatro pessoas, atribuiu o acidente à falta de sinalização adequada nas torres de energia da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).
O bimotor que transportava a cantora sertaneja colidiu com um cabo de energia antes de cair sobre uma cachoeira. A filha do piloto entrou com uma ação contra a Cemig na Justiça.
“Sobre o processo, eu só tenho uma coisa a falar por ora: se tivesse a sinalização, tudo poderia ser diferente. E isso vai ser importante agora para poder proteger a vida de outras pessoas caso haja uma emergência”, disse Vitória no vídeo publicado no Instagram.
Em nota, a Cemig rebateu as acusações e alegou que a linha de distribuição atingida pela aeronave estaria fora da zona de proteção do aeroporto. “A sinalização por meio de esferas na cor laranja é exigida para torres em situações específicas, entre elas estar dentro de uma zona de proteção de aeródromos, o que não é o caso da torre que teve seu cabo atingido”, diz o comunicado da empresa.
Como noticiado por Oeste, um pedaço de cabo foi encontrado enrolado à hélice de um dos motores da aeronave — o material foi recolhido para perícia. Os destroços e os motores do avião serão analisados pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Além de Marília e Geraldo, a tragédia matou mais três pessoas: o produtor Henrique Ribeiro, o tio e assessor da cantora, Abicieli Silveira Dias Filho, e o copiloto Tarciso Pessoa Viana.