Foram 33 dias sem mortos por covid-19, mesmo depois da redução das medidas de isolamento
Depois de um mês sem uma única morte por coronavírus, o Paraguai registrou um óbito nesta segunda-feira, 15. Foram 33 dias sem mortos por covid-19, mesmo depois de implantada a chamada “quarentena inteligente”, quando começaram a ser reduzidas as restrições impostas para controlar a proliferação do vírus chinês.
Um rígido programa de isolamento foi determinado em 10 de março, quando o Paraguai registrava apenas cinco contaminados pelo coronavírus. As restrições, que praticamente paralisaram a economia, culminaram com o fechamento das fronteiras 18 dias depois. Na época, havia 52 casos confirmados.
Dividida em quatro fases, a flexibilização começou em 3 de maio. Os infectados eram 391, e os mortos, três. Na primeira etapa, retomaram-se atividades da construção civil e foi permitido o funcionamento das indústrias que já estivessem adequadas aos protocolos sanitários, a prestação de serviços em domicílio, o comércio delivery, a prática de esportes individuais (com restrições), a circulação de veículos em rodízio entre placas pares e ímpares, e a retomada do transporte coletivo, de táxis e carros de aplicativos com o uso de máscara e os vidros abertos. Até 24 de maio, o total de casos chegou a 862, com 11 óbitos.
Na segunda fase, que durou de 25 de maio a 14 de junho, as lojas de rua com até 800 metros quadrados puderam reabrir, os esportes profissionais e os eventos culturais foram retomados sem público presente e os escritórios também voltaram a funcionar. Na nova etapa, surgiram 427 casos, 50 a menos do que na etapa anterior, e nenhuma morte.
Nesta segunda-feira, 15, com o início da penúltima etapa, restaurantes e academias puderam retomar o atendimento ao público, desde que com hora marcada. As atividades em clubes e ao ar livre podem ser feitas também em duplas. Exibições de filmes e apresentações teatrais foram liberadas em esquema drive-in e cultos religiosos voltaram ser permitidos, desde que com lotação máxima de 20 pessoas e com distanciamento social.
Com 7 milhões de habitantes, o Paraguai registrou até o momento 1.296 infectados. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 48 mil moradores foram testados. Dos casos confirmados, 650 pacientes (mais de 50%) já estão curados e sete continuam hospitalizados — dois deles em UTI. São 12 mortes ao todo.
Na quarta fase, ainda sem data para começar, a perspectiva é que sejam suspensas as restrições de circulação e todas as atividades retomem normalmente. As fronteiras ainda não têm data para reabrir.
Apesar dessa última morte, o Paraguai, assim como Sete Lagoas, em Minas Gerais, é mais uma prova de que a redução das restrições não aumenta o número de mortes por coronavírus.
A quarentena total não impediu , em.lugar algum, a contaminação e a morte. Onde houve reabertura econômica está demonstrado que nao aumenta a contaminação, naturalmente com.os cuidados que se deve tomar quanto higiene e cuidados sanitários com evitar aglomeracoes.