De acordo com o último boletim epidemiológico, dos 23 mil contaminados na capital do Amazonas, mais de 20 mil estavam curados ou passavam por tratamento domiciliar
Depois de enterrar 167 pessoas num único dia, Manaus voltou a registrar o mesmo número de sepultamentos diários de antes da pandemia de coronavírus: aproximadamente 30 mortos.
O auge da epidemia que assolou a capital amazonense foi em 26 de abril. No último domingo, 14, 24 enterros foram realizados na cidade, o que fez a média mensal ficar em 37 sepultamentos por dia.
Em 25 de maio, Manaus atingiu o ápice da contaminação: 4.412 novos infectados em uma semana. A partir daí, o ritmo de contágio diminuiu constantemente até atingir menos de 2 mil casos em 7 dias, contados na última semana epidemiológica, que terminou em 8 de junho.
Desde então, a capital do Amazonas retomou as atividades econômicas e, nesta segunda-feira, 15, a prefeitura anunciou o fechamento do hospital de campanha que funcionou por dois meses e curou mais de 570 pessoas.
A unidade contava com 180 leitos ativos, dos quais apenas 46 estavam ocupados no domingo, 14. Os pacientes internados seguirão com o tratamento dentro do hospital até receberem alta, mas não serão aceitos novos doentes.
“O hospital de campanha cumpriu a sua missão”, declarou Arthur Virgílio Neto (PSDB), prefeito de Manaus. “Construímos às pressas para socorrer o governo do Estado e transformamos uma escola em hospital em tempo recorde, mas está na hora de fechar”.
De acordo com o último boletim epidemiológico, dos 23 mil contaminados na cidade, mais de 20 mil estão curados ou passam por tratamento domiciliar, 616 continuam internados e 1.614 morreram. Em todo o Estado, são 56,5 mil infectados. Mais de 80% deles já venceram a doença.