Governo do Estado previa que detentos fossem capazes de costurar 320 mil unidades no período de um mês

Os detentos do Estado de São Paulo produziram cinco vezes mais máscaras de proteção individual do que o governo previa para um mês: 1,6 milhão. A previsão inicial, em 24 de março, era de 320 mil unidades.
A chegada de máquinas automatizadas aumentou a capacidade de produção, segundo explicou o diretor-executivo da Fundação Professor Doutor Manoel Pedro Pimentel (Funap), coronel Henrique Neto, que faz a coordenação dos presidiários.
Segundo ele, uma força-tarefa foi montada dentro das fábricas dos presídios. “Nós fizemos uma engenharia de guerra. Transformamos fábricas de uniformes em fábricas de máscaras descartáveis”, explicou o coronel.”Mudamos e estabelecemos novos protocolos tanto ambientais como de higiene. É tudo feito em um alto padrão sanitário”.
Sete penitenciárias comuns, masculinas e femininas, totalizando 460 presos, além de uma prisão militar, trabalham de segunda à sábado no projeto. A maioria recebe 75% de um salário mínimo e a cada três dias trabalhados, reduz um dia da sentença.
Além de máscaras descartáveis, são produzidas peças de panos, face shields (máscara plástica que cobre o rosto inteiro) e máscaras descartáveis sanfonadas, que necessitam de uma máquina industrial para serem feitas.
Por enquanto, apenas órgãos públicos estão se beneficiando dos equipamentos, que tem um preço baixo e pode ser vendido para outros interessados.