Os números da Organização Mundial da Saúde indicam que as medidas restritivas em Portugal não impediram a expansão da epidemia do novo coronavírus. Em dezembro de 2020, o país atingiu a 23ª posição entre as nações que mais registraram mortes com covid-19 por milhão de habitantes no mês. Foram 235 mortos para cada milhão de portugueses. Em janeiro de 2021, entretanto, o país saltou para a sétima posição do ranking mensal: nos primeiros 18 dias, foram 199 óbitos por milhão. A escalada de vítimas aconteceu mesmo com a instauração de uma série de restrições para impedir a circulação de habitantes.
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Em dezembro, os portugueses tiveram de respeitar regras rígidas. A circulação em vias públicas foi permitida até as 2 horas da manhã dos dias 24 e 25 e os restaurantes só puderam funcionar até a primeira hora da manhã. Na noite de Réveillon, o trânsito não pôde passar das 23 horas e, nos três primeiros dias de 2021, era permitido circular apenas até as 13 horas.
Apesar das evidências, na terça-feira 19, o governo português renovou seu pacote para o confinamento da população. Segundo a agência SIC Notícias, as medidas anunciadas foram:
- Proibição do comércio em qualquer estabelecimento do ramo não alimentar, como, por exemplo, lojas de roupas;
- Proibição da venda de qualquer tipo de bebida, mesmo cafés, em empresas que vendam alimentos prontos e que estejam em regime de pegue e leve;
- Proibição da permanência e consumo de alimentos na porta ou nas imediações dos estabelecimentos;
- Fechamento dos espaços dos restaurantes em centros comerciais, mesmo em regime de pegue e leve;
- Proibido o consumo na porta ou na via pública, nas imediações;
- Proibidas todas as campanhas de saldos, promoções e liquidações que promovam a deslocamento de pessoas;
- Universidades e centros de convívio serão fechados;
- Proibida a permanência em espaços públicos de lazer, como jardins. Podem ser frequentados, mas não podem ser locais de permanência;
- Todos os trabalhadores que tenham de se deslocar para prestar trabalho presencial têm de ter uma credencial emitida pela entidade patronal;
- Todas as empresas de serviços com mais de 250 trabalhadores têm de enviar em 48 horas à Autoridade para as Condições de Trabalho a lista dos que estarão em trabalho presencial;
- Limitação do acesso a locais de grande concentração de pessoas em frentes marítimas ou ribeirinhas;
- Proibição de circulação entre municípios no fim de semana, no território continental, e todos os estabelecimentos de qualquer natureza devem fechar às 20 horas nos dias úteis e às 13 horas no fim de semana, com exceção dos súper e hipermercados que, nos fins de semana, poderão funcionar até as 17horas;
- Reforço da fiscalização policial nas ruas.
Parabéns pela matéria. Os moradores de Manaus e do Amazonas como um todo estão celebrando esta notícia. Todos para rua já!
Interessante que esse negócio de LOCKDOWN não funciona e é a única medida adotada por esses “Governantes” . Pq seria? Falta de conhecimento, teimosia ou vontade de destruir seus povos ?