Segundo Ministério Público do Trabalho do Estado, os 28 municípios com maior índice de casos por 100 mil habitantes têm empresas do setor
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Assim como aconteceu nos Estados Unidos, em que mais de 5 mil trabalhadores da indústria foram afetados, no Rio Grande do Sul, pelo menos 3.201 funcionários de frigoríficos se infectaram com a covid-19. O número corresponde a 34% do total de casos oficiais do Estado, que teve 9.332 contaminados e 224 mortes.
De acordo com o Ministério Público do Trabalho, os empregados são de 24 fábricas localizadas em 18 municípios, mas as 28 cidades com maior índice de casos de coronavírus por 100 mil habitantes no Rio Grande do Sul têm empresas ligadas aos setor ou abriga moradia de trabalhadores dele.
BRF, dona da Sadia e da Perdigão, e JBS, da Friboi, estão entre as companhias afetadas pelo problema. A primeira teve casos em Marau, Lajeado e Serafina Corrêa, segundo o MPT-RS. Já a JBS, que também enfrenta a situação em sua sede americana, tem casos nas unidades de Passo Fundo, Três Passos, Seberi, Trindade do Sul, Caxias e Garibaldi.
As empresas afirmam que seguem rígido protocolo de saúde dentro dos frigoríficos desde o início da pandemia.
Contudo, o grande número de trabalhadores em uma mesma área, a forma como são transportados e a falta ou pouca renovação de ar dentro dos ambientes de trabalho levam à disseminação da covid-19 nessas empresas.
A procuradoria chegou ao número atual de infectados fazendo uma testagem em massa dentro dos frigoríficos e afirma ter encontrado até 500 empregados contaminados por unidade. “Nós temos muitos trabalhadores assintomáticos. Então não sei qual o delay [atraso] dessa informação, porque o boletim [epidemiológico do governo do Estado] é muito diferente do que acontece na prática”, afirma a procuradora Priscila Dibi Schvarcz, do MPT-RS.
Ela defende que as empresas comecem a implementar testagens periódicas, com rastreamento e triagem de trabalhadores com sintomas, para que haja redução dos casos.
Como sempre, não há explicações do por que acontecem essas contaminações nesses locais específicos. São funcionários que circulam em outras unidades frigoríficas existentes no exterior e que acabam por contaminar o restante dos funcionários? Enfim, vai ficar na mais completa desinformação, como sempre.