O Ministério da Educação (MEC) divulgou, nesta terça-feira, 16, um balanço do resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023. Segundo o MEC, 60 candidatos atingiram a nota máxima na redação, mil. Desse número, apenas quatro pertencem a candidatos da rede pública de ensino no país.
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mais de 4 milhões de pessoas se inscreveram no Enem 2023. Desse total, mais de 2,7 milhões fizeram, de fato, a prova. O número representa 68% de participação.
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Segundo dados do MEC, a taxa de participantes da rede pública aumentou. Em 2022, 38% dos alunos eram de escolas públicas. Já em 2023 o porcentual aumentou para 46,7%.
Mais de 1 milhão de participantes estão acima da nota de corte média e poderiam acessar pouco mais de 840 cursos no Brasil. De acordo com o presidente do Inep, Manuel Palacios, a ideia é aumentar o número de inscritos na prova, principalmente dos estudantes que estão concluindo o ensino médio.
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O ministro da Educação, Camilo Santana, disse que o Inep vai fazer uma pesquisa para entender os motivos de os alunos concluintes do ensino médio da rede pública não terem comparecido.
“Se inscreveu e, praticamente, 400 mil jovens não foram”, destacou o ministro. “Para a gente poder tomar ações efetivas para saber o que o MEC e as redes estaduais podem fazer para melhorar a situação.”
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O edital para a inscrição no Programa Universidade para Todos (Prouni) deve ser publicado na quarta-feira 17, segundo Santana. As bolsas de estudo poderão ser consultadas a partir da sexta-feira 19, e as inscrições começam a partir da meia-noite de 29 de janeiro.
O ministro explicou que o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fieis) está em processo de mudança. Desse modo, por enquanto, o calendário não vai ser divulgado.
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Por fim, Santana adiantou que o governo pretende conceder um incentivo financeiro para que os alunos concluintes do ensino médio de escolas públicas façam as inscrições e compareçam aos locais da prova do Enem neste ano.
“No último ano, ele [jovem] receberá um valor para fazer a prova do Enem”, disse. “É uma forma de estimular que o jovem no 3º ano do ensino médio faça a prova. Queremos convencer e mostrar que não há custo nenhum e que é uma oportunidade para acessar o ensino superior brasileiro.”