O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta sexta-feira, 7, que a decisão de Jair Bolsonaro de indicar o general Eduardo Pazuello para ocupar o Ministério da Saúde foi arriscada. Ele tomou posse no cargo em setembro de 2020 e ficou até março de 2021.
“Acho que, independentemente de ser general da ativa ou da reserva, a colocação do Pazuello como ministro da Saúde foi uma decisão de risco”, afirmou Mourão. “É óbvio que agora, com essa questão da CPI, o Pazuello não pode se furtar a comparecer e prestar lá o seu depoimento”, completou o vice-presidente.
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Ainda sobre a participação do ex-ministro da Saúde na CPI — seu depoimento foi adiado para o dia 19 de maio —, Mourão disse que Pazuello será pressionado pelos parlamentares da oposição. “É óbvio que ele vai ser pressionado. Ele tem que manter a calma. Existe um velho ditado militar que sempre diz o seguinte: cabeça fria no corpo quente. Então, é dessa forma que ele tem que se comportar”, afirmou.
“Não tem que ir fardado, porque ele não estava em uma função militar. Apesar dele ser um general da ativa, ele estava em uma função civil. Tem que comparecer em trajes civis, que era a função que ele estava exercendo. E tem que suportar a pressão”, disse o vice-presidente.
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Se um general de exército não tem coragem para enfrentar um bando de corruptos com prontuários recheados de patifarias então deve pedir exclusão das forças militares sem direito a vencimentos. Não acredito nisso.