Em comunicado divulgado nesta sexta-feira, 23, o laboratório indiano Bharat Biotech anunciou a rescisão do contrato com a Precisa Medicamentos para a venda da vacina Covaxin, contra a covid-19, no Brasil.
Com isso, o memorando de entendimento entre as duas partes, firmado em novembro de 2020, não tem mais validade, e a Precisa não é mais representante da empresa indiana para negociações sobre imunizantes.
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O laboratório afirmou que não reconhece a autenticidade de dois documentos enviados pela Precisa ao Ministério da Saúde com suposta assinatura de representantes da Bharat Biotech. A Precisa, por sua vez, garante que “jamais praticou qualquer ilegalidade e reitera seu compromisso com a integridade nos processos de venda, aprovação e importação da vacina Covaxin”.
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Entre as inconsistências dos documentos, estão o nome errado do fabricante da vacina, um erro no endereço do laboratório na Índia e erros do texto em inglês.
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“Recentemente, fomos informados de que certas cartas, atribuídas a executivos da companhia, estão circulando na internet. Gostaríamos de negar enfaticamente que esses documentos tenham sido emitidos pela companhia ou por seus executivos e, portanto, negamos este fato”, informa a Bharat.
O contrato de R$ 1,6 bilhão entre o Ministério da Saúde e a Precisa, firmado em 25 de fevereiro deste ano, foi suspenso depois de suspeitas de irregularidades nas negociações para a compra da Covaxin. O caso é investigado pela CPI da Covid no Senado e pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
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Será um novo contrato com novos preços, isso se ainda quiserem o produto. Perde-se uma chance de fechar um negócio que interessa a muitos por conta de politicagem vagabunda deste país.