A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga imagens de corridas de cavalo de rua que repercutiram nas redes sociais. A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) também trabalha no caso, que ocorreu na noite de quinta-feira 17, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Os vídeos mostram os animais correndo em vias públicas em alta velocidade e puxando seus condutores.
A gravação aconteceu na Avenida Governador Leonel de Moura Brizola. Os animais usam proteção na cabeça e nas pernas, sendo diferenciado pelas cores branca e vermelha. Diversos motociclistas acompanham a competição.
Autoridades e pessoas comuns enxergam as corridas de cavalo de rua como maus-tratos
Reynaldo Velloso, presidente da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), enxerga as corridas de cavalo de rua como maus-tratos aos animais
Conforme Velloso, o asfalto da rua é inadequado para corridas de cavalo. Além disso, esse tipo de disputa oferece riscos de acidentes aos animais, segundo ele.
“Esses animais estão obrigados a participar dessa corrida e em um piso inadequado para esse tipo de corrida”, diz o representante da OAB. “É um piso duro e não tem areia ou grama.”
Ainda de acordo com Velloso, as corridas de cavalo colocam em risco a integridade física dos animais e dos seres humanos.
Vídeo das corridas de cavalo gera contradição nas redes sociais
Um perfil no TikTok postou o vídeo original, que já tem mais de 170 mil visualizações. O fato gerou contradição na internet. Alguns usuários brincaram e riram da situação. Outros contestaram.
“Perigo para todos os envolvidos e maus tratos com o animal, que não tem os cascos e falanges apropriadas para correr no asfalto”, escreveu um internauta. “Os cavalos participam dessa modalidade esportiva, mas em melhores condições. Correr no asfalto é um crime.”
Dono da conta no TikTok que publicou o vídeo da corrida de cavalo, Marcus Vinícius Ferreira contou à emissora CNN Brasil que apenas gravou e publicou o material nas redes sociais. Ele afirmou que não faz parte do grupo que organizou a disputa em via pública. Ferreira concentra dezenas de vídeos de corridas de cavalo em vias públicas, mas afirma não ser proprietário de nenhum cavalo.
A Polícia Civil fluminense e a DPMA analisam as imagens do fato. A investigação não prendeu nenhum suspeito até o momento.
Mais fácil mandar o secretário de esportes do Estado, verificar junto aos proprietarios, e se for o caso, organizar uma área, preparar uma raia de areia com arquivancada. Fazer um hipódromo de trote.
A exemplo do que havia em São Paulo na Vila Guilherme.
Bonito esporte e não mal trata animal algum se for em local apropriado com os devidos cuidados.