Em entrevista ao programa Opinião no Ar, da RedeTV!, nesta quinta-feira, 22, o secretário dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Alexandre Baldy, defendeu um escalonamento de horários para desafogar o horário de pico e diminuir as aglomerações diárias, em um momento ainda de grande disseminação do novo coronavírus.
Silvio Navarro, editor-executivo de Oeste, e Rodrigo Constantino, colunista da revista, participaram da entrevista. O programa é apresentado por Luís Ernesto Lacombe e também conta com a participação da jornalista Amanda Klein.
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“Eu fui o primeiro, em abril do ano passado, a colocar o desenho do escalonamento de horário de trabalho. Para que pudéssemos ter o horário de pico aumentado”, afirmou Baldy. “Neste momento, seria importante, como foi adotado na China, um país de muito disciplina. A gente aumentaria o horário de pico de duas horas para entre quatro e seis horas. Temos que otimizar isso, e o escalonamento seria a maneira mais inteligente para diluirmos esse horário de ida e volta do trabalho”, completou o secretário.
Baldy reconheceu a dificuldade de se evitar as aglomerações no transporte público em uma cidade como São Paulo, por exemplo. “O transporte público sempre foi concebido, projetado e construído para transportar massas, um alto fluxo de passageiros”, afirmou. “Temos desde o dia 26 de fevereiro de 2020 conversado bastante com outros sistemas de transporte de mesmo tamanho, como Paris, Londres, Pequim e Xangai, para absorver experiências.”
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“É um enorme desafio. As aglomerações no sistema de alto fluxo foram projetadas para ser assim. Temos implementado um modelo de higienização de todo o sistema e, principalmente, das superfícies em que as pessoas tocam. […] Dentro de um trem, no metrô, o ar é trocado 22 vezes por hora. No escritório, o ar só é trocado em torno de oito vezes por hora. Essa troca constante é bem maior do que nos ambientes fechados em que nós trabalhamos e dá uma maior segurança”, explicou o secretário. “Não temos como evitar que esse aglomerado seja transportado, a menos que possamos parar o sistema de alto fluxo. Aqueles que são obrigados a trabalhar certamente precisarão ir a seu trabalho.”
Baldy citou um estudo elaborado pelo metrô de Nova York, nos Estados Unidos, que apontou que o risco de contaminação era de 7%, em um momento de pico da pandemia. Ele disse, no entanto, que não é possível saber ao certo qual é esse percentual no Brasil. “Nós aqui avaliamos de acordo com o que os profissionais de saúde nos passam.”
Redução do movimento
Alexandre Baldy afirmou que as medidas mais restritivas adotadas pelo governo de São Paulo reduziram a movimentação no transporte público. “Estávamos transportando em torno de 5,5 milhões de passageiros antes da fase vermelha. Em um dia normal, o sistema transporta 10,5 milhões de passageiros”, explicou. “Houve uma média de 52% a 53% na redução, e depois chegou a 62% a 63%, chegando a um número de 3,8 milhões de usuários.”
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…..um ano depois ainda estão discutindo escalonamento de horários, …. é muita incapacidade, muita incompetência, ou má fé mesmo…….. É claríssimo que deveria ter sido dada toda a autonomia para a flexibilização de horários, com aumento de frota inclusive, e nunca diminuição, e ainda com a manutenção da atividade econômica com restrições de quantidade atendimentos em lojas e restaurantes juntamente com medidas preventivas, …. O que esses sujeitos horríveis e arrogantes conseguiram foi a destruição de centenas de milhares de negócios, levando a falência e à pobreza uma parcela significativa de nossa população !!!
O secretário está atestando o fracasso das ações para a gestão da pandemia implementadas pelo Governo Dória. Levaram mais de um ano infectando o povo nos transportes coletivos e levando o virus para as famílias confinadas por ordem do Dória. Não é atoa que São Paulo é a campeã de óbitos devidos à peste chinesa.
….quando penso nessa turma horrível só consigo me lembrar de cenas de O Grande Ditador, de Charles Chaplin, …… esse governo está sendo uma desgraça para São Paulo, cidade e Estado…… Gente arrogante, prepotente, com objetivos outros muito distintos daqueles da esmagadora maioria da população, e que transformou o governo numa plataforma de marketing e balcão de negócios…..