Uma técnica de enfermagem e socorrista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) morreu, ao cair de um penhasco de 11 metros, enquanto tentava salvar um homem. O caso aconteceu em Frederico Westphalen, no Rio Grande do Sul, na quarta-feira 19.
Lorezete Duarte, de 45 anos, era uma das três socorristas que foram acionadas para tentar impedir que um homem se jogasse de um penhasco às margens da Rodovia BR-386. Ela subiu até onde ele estava e o puxou pela blusa para impedir a ação, mas ambos caíram.
A socorrista não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O homem foi encaminhado ao hospital de Frederico Westphalem. Ele não corre risco de morte.
Investigação do acidente
Um inquérito foi instaurado pela Polícia Civil para investigar o caso e confirmar se foi um acidente ou se o homem teve responsabilidade na morte dela. Vão ser ouvidos o motorista do Samu e o homem que tentou se atirar.
Jacson Boni, delegado responsável pela investigação do caso, afirma que não sabe exatamente como ocorreu a queda. “Não se sabe como, mas os dois acabaram caindo do penhasco, ele quase que por cima dela,” disse ele.
Homenagens
Na quinta-feira 20, colegas de trabalho do hospital onde ela atuava e do Samu prestaram homenagens como um minuto de silêncio e orações a Lorezeti. Em seguida, também jogaram bexigas brancas para cima e bateram palmas.
“Estamos aqui para prestar homenagem a uma colega de profissão e de farda que, tragicamente, teve a vida ceifada no dia de ontem”, comentou uma enfermeira do Hospital Santo Antônio durante o ato. “O que nos conforta e, ao mesmo tempo, nos revolta, é o entendimento de que ela perdeu a vida salvando, como salvou, a vida de outra pessoa.”
A unidade de saúde fez uma publicação nas redes sociais com registros da homenagem e se solidarizou com os familiares da vítima: “Que a memória de Lorezete seja um eterno exemplo de amor e dedicação à profissão”.
Prefeitura decreta luto
A Prefeitura de Frederico Westphalen decretou luto oficial de três dias na cidade, entre quarta 19 e sexta-feira 21. O objetivo é prestar homenagem póstuma à profissional de saúde e agradecer-lhe pela dedicação e pelos serviços prestados ao município.
Leia também: “Encontrado morto no fundo de cisterna, PM deixa R$ 20 milhões em patrimônio”
Gilberto Cattani diz que suspeitou de ex-genro depois de morte da filha 
Tem que deixar a natureza agir. Se o mizeravi queria se matar, que tivesse toda a liberdade para consumar seu intento. O que não pode é levar uma profissional dedicada à morte.
Uma heroina, profissional e totalmente dedicada. Que Deus conforte a familia.
Tomara que essa besta tenha remorso até o dia da sua morte. Levou uma inocente que estava tentando salva lo.
Que triste…minhas sinceras condolências aos familiares e ao grupo SAMU, que tanto ajuda os brasileiros.