Trabalhe. Sirva. Seja forte. Não encha o saco

Trabalhe. Sirva. Seja forte. Não se vitimize. Seja bom. Não encha o saco. Na contramão da indústria dos coaches e dos filósofos do pensamento positivo, o psiquiatra e escritor Italo Marsili oferece aos leitores essas doses amargas — mas necessárias — da realidade humana.

“A geração de hoje, da qual fazemos parte, é desacostumada a qualquer tipo de intempérie, contrariedade ou incômodo”, diz o autor do livro Terapia de Guerrilha. “Somos a geração da roupa 100% algodão, que precisa de anestesia para arrancar o siso e de lente de correção para não frisar os olhinhos. Somos a geração do micro-ondas, dos múltiplos confortos.”

Mas aqui está o ponto essencial: a vida é guerra, não há segunda chance. É a partir desse diagnóstico que Marsili propõe seus tratamentos. “Terapia de Guerrilha não é um termo técnico”, explica. “Não se encontra nada parecido em nenhum livro de psicologia. Também não são respostas particulares, mas remédios que operam naquilo que é igual em você e em mim, no seu vizinho, na sua esposa, no seu marido, nos seus filhos e colegas.”

De acordo com o psiquiatra, há certos mecanismos e padrões de comportamento que não são exclusivos e individuais. Pelo contrário, fazem parte da natureza humana, são comuns à espécie. “Os socos que dou não são para feri-lo, mas para movê-lo”, ressalta Marsili. “É simples assim.”

A seguir, algumas doses do Terapia de Guerrilha.

1) Trabalhe

2) Sirva

3) Seja forte

4) Não reclame

5) Ninguém te deve nada

6) Não se vitimize

7) Leia livros

8) Seja responsável por suas finanças

9) Fracasse (e melhore)

10) Seja bom

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