Em meio à intensificação da repressão às criptomoedas na China, o bitcoin teve sua maior queda no período de duas semanas. A moeda virtual caiu 10%, a partir das 8h50 em Nova York, passando para US$ 32.350. Já o ether registrou baixa de 13%, indo para para US$ 1.950, noticiou o site 6 Minutos, do portal UOL.
Nesta segunda-feira 21, o banco central chinês afirmou que havia chamado o Banco Agrícola da China, o China Construction Bank e o ICBC, bem como plataformas de pagamento, como a Alipay, para discutir o problema da “prestação de serviços para especulação de transações em criptomoeda”, reportou o jornal Financial Times. O regulador pediu aos grupos financeiros que identificassem e bloqueassem todas as transferências para contas mantidas pelas bolsas de câmbio de criptomoedas e outros intermediários offshore, bem como que realizassem investimentos em tecnologia para encontrar transações ligadas à “especulação de criptomoedas”.
A ordem faz parte de uma repressão do governo chinês às criptomoedas iniciada em maio, enquanto Pequim busca acabar com as negociações e encerrar as maiores operações de mineração criptográfica do mundo, que se encontram dentro das fronteiras do país.
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Segundo o Banco Popular da China, o comércio de criptomoedas perturba o sistema financeiro, gera o risco de lavagem de dinheiro e de transferências ilegais de ativos transfronteiriços e ainda “infringe seriamente a segurança dos ativos financeiros das pessoas”, noticiou o jornal Financial Times.
As autoridades chinesas deram os primeiros passos para proibir os bancos de lidar com transações de bitcoin ainda em 2013, mas não conseguiram eliminar o comércio de criptomoedas completamente. O banco central quer que os cidadãos usem sua própria moeda digital, que está sendo testada em larga escala.
A China, como parte de um rigoroso regime de controle de capital, limita drasticamente a capacidade dos cidadãos de transferir dinheiro para fora do país, e tem observado o bitcoin com cautela, desde o aumento da popularidade da criptomoeda há quase uma década.
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Com informações do site 6 Minutos e do jornal Financial Times