A recuperação do Grupo Petrópolis, companhia responsável pela marca de cerveja Itaipava e outras bebidas, foi aprovada em assembleia-geral de credores. A validação do trâmite ocorreu na segunda-feira 11, quando 96,4% dos votantes aprovaram o plano apresentado pela empresa.
Os votantes correspondem a 83,26% dos créditos devidos. E a compensação dos créditos virá de participações na empresa a pagamentos para até 2035.
O Grupo Petrópolis havia entrado com pedido de recuperação judicial em março. A companhia tem dívidas que somam R$ 5,6 bilhões — para mais de 5 mil credores.
“O processo de recuperação judicial serve para proteger a companhia e estruturar um processo de renegociação das dívidas de forma coletiva e transparente, assim como ajudar a manter a continuação das atividades”, informou a companhia ao entrar com o pedido de recuperação judicial.
“Todos os passivos (dívidas e contas a pagar a fornecedores) existentes na data do pedido da recuperação judicial”, prosseguiu a companhia. “Por força de lei, sujeitam-se aos efeitos do processo e somente poderão ser pagos após a aprovação do plano de recuperação judicial pelos credores, de acordo com as condições nele previstas.”
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A empresa responsável pelo processo de recuperação judicial do Grupo Petrópolis é a Preserva-Ação, especializada em recuperações judiciais. Ela também está tocando as ações, no Rio de Janeiro, da Americanas e do Grupo OI.
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Marcas do Grupo Petrópolis, que teve processo de recuperação judicial aprovado por credores
O Grupo Petrópolis surgiu no Rio de Janeiro e tem variadas marcas de bebidas, como as cervejas Itaipava, Petra, Crystal, Black Princess. As vodcas Nordka, Blue Spirit Ice e Cabare Ice também pertencem à companhia. Além disso, a empresa é responsável por bebidas não alcoólicas, como o energético TNT, o refrigerante It e a água mineral Petra.
De acordo com um relatório do Bank of America, o Grupo Petrópolis tem 8% do marketshare de cervejas no Brasil. Dessa forma, a companhia ocupa a terceira posição no mercado nacional, ficando atrás apenas de Ambev e Heineken.
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Eu gostaria muito de saber como uma fábrica de cerveja consegue ir mal no Brasil.
Mais um amiguinho do molusco…