Pela sexta semana consecutiva, os analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) elevaram a estimativa de inflação para 2022, segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 21, pelo Boletim Focus.
A projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) saltou de 5,5% para 5,56%.
Para 2023, de acordo com o relatório, a perspectiva de inflação foi mantida em 3,5%.
Para este ano, a meta central de inflação é de 3,5% — ela será oficialmente cumprida se ficar entre 2% e 5%.
No ano que vem, a meta está fixada em 3,25% e será formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.
PIB
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), não houve alterações em relação à semana passada. Segundo o Boletim Focus, a economia brasileira deve crescer 0,3% em 2022.
Para 2023, o mercado também manteve a expectativa da semana anterior: alta de 1,5%.
Selic
De acordo com os analistas ouvidos pelo Banco Central, a estimativa para a taxa básica de juros da economia (a Selic) foi mantida em 12,25% ao ano para o fim de 2022.
Já para o fechamento de 2023, a expectativa do mercado também se manteve inalterada: 8% ao ano.
Atualmente, a Selic está em 10,75% ao ano, tendo alcançado o patamar de dois dígitos pela primeira vez em mais de quatro anos.
Boletim Focus
Embora as oscilações para mais ou para menos pareçam representar pouca diferença, um simples aumento de 0,1 ponto porcentual na estimativa de inflação ou de crescimento do PIB de uma semana para outra é significativo.
“O Focus é revisado toda semana. São 52 semanas no ano. Ele muda aos poucos. Em geral, a mediana muda mais lentamente”, explica a Oeste o economista Samuel Pessôa, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).