A Polícia Civil de Minas Gerias (PCMG) investiga a empresa 123milhas. A corporação abriu inquérito para descobrir se a agência de viagens teve vantagens na venda de bilhetes promocionais.
O inquérito policial reúne mais de 150 registros de ocorrência encaminhados à Delegacia de Defesa do Consumidor, em Belo Horizonte.
Os policiais começaram a ouvir os consumidores prejudicados da 123milhas na segunda-feira 4. A previsão é que testemunhas e representantes da empresa sejam intimados a dar esclarecimentos no decorrer deste mês.
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Em 18 de agosto, a empresa 123milhas suspendeu pacotes e a emissão de passagens promocionais com voos previstos a partir de setembro. A interrupção levou à abertura de diversas ações na Justiça.
Segundo a PCMG, a investigação apura se empresa teve benefícios ao, supostamente, vender os tíquetes mais baratos com antecedência e em quantidades maiores do que a disponibilidade de voos.
“A princípio, nós trabalhamos com algumas linhas investigativas”, disse a delegada Elyenni Célida da Silva, conforme o portal g1. “Poderiam (se enquadrar) num crime contra economia popular, supostamente até uma pirâmide financeira, um crime contra a relação de consumo ou até mesmo um estelionato.”
Os investigadores verificam se a agência de viagens cometeu crimes ao suspender a emissão dos bilhetes e usar vouchers para reembolso. Alguns indícios, de acordo com membros da Polícia Civil mineira, revelam uma possível “pirâmide financeira”.
“Angariar, no caso da empresa, através da publicidade em massa, vários clientes, mesmo sabendo que seria muito difícil arcar com o compromisso contratual no prazo estendido que eles deram”, explicou Elyenni.
123milhas: inquérito na Polícia Civil de MG, CPI e pedido de recuperação judicial
Na Câmara dos Deputados, a CPI das Pirâmides Financeiras aprovou a convocação de executivos da 123milhas. Além disso, a Justiça Federal impediu os sócios da empresa de deixarem o país até prestarem depoimento na comissão, o que está previsto para quarta-feira 6.
Em crise, a 123milhas realizou demissão em massa na última semana. De acordo com as informações, mais de cem pessoas foram demitidas. No dia 31 de agosto, a Justiça de Minas Gerais aceitou o pedido de recuperação judicial.
