O preço médio dos imóveis no Brasil aumentou 5,3% no ano passado, atingindo o maior patamar registrado pelo setor em sete anos, de acordo com as informações do Índice FipeZAP+ (coletadas em parceria da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas com o site Zap+). Os valores cresceram em 47 dos 50 munícipios analisados pela pesquisa.
Em 14 das 50 maiores cidades do país, o reajuste do preço das propriedades superou a inflação projetada de 9,7%, medida pelo IPCA. Além disso, segundo os dados do Índice, em cinco capitais houve variação do preço médio acima dos 10% em 2021. Em Vitória, capital do Espírito Santo, foi registrado o maior aumento acumulado do ano — quase 20%. Em segundo lugar, aparece Maceió (AL), com 18,50%. Salvador foi a cidade com a menor variação acumulada em 2021, cerca de 1,5%.
Para especialistas do mercado imobiliário, esse movimento está ligado a diversos fatores, entre eles o aumento nos custos dos principais materiais usados na construção civil. Os insumos de aço, materiais hidráulicos e madeira registraram alta acima de 20% no ano passado.
As cidades de São Paulo e Rio de Janeiro lideraram a categoria dos maiores aumentos médios de metro quadrado. Na capital paulista, o valor do metro quadrado estava valendo R$ 9.708 e na capital fluminense, R$ 9.650. Já os municípios de Barueri (SP) e Curitiba registraram os menores preços do país, com, respectivamente, R$ 7.748 e R$ 7.518 por metro quadrado.
Pelo visto, imóvel ainda vale a pena no Brasil.