No próximo mês, algumas regiões brasileiras poderão enfrentar o desabastecimento no mercado de combustíveis. A afirmação foi feita pelo presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Paiva Gouveia, nesta segunda-feira, 25, em entrevista à rádio Jovem Pan.
De acordo com Gouveia, “se tudo continuar como está, o país será dividido em algumas situações: onde tem um volume maior de importação [Norte e Nordeste], deveremos ter problemas muito mais rápidos do que no Sul e Sudeste do país”, advertiu.
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De acordo com a Associação das Distribuidoras de Combustíveis, as empresas tentam comprar combustíveis da Petrobras porque é mais barato do que importar. Entretanto, embora a estatal seja autossuficiente em petróleo, não consegue refinar o volume necessário para atender ao mercado interno, e as distribuidoras podem ficar sem combustível a partir de novembro.
Segundo o Sincopetro, atualmente a Petrobras trabalha com os preços do mercado internacional, e no mercado nacional atua com um preço abaixo do que é realidade lá fora. “Isso está fazendo com que importadores de petróleo, que trabalham em paralelo à Petrobras, passem a deixar de ter interesse na importação do combustível, porque ninguém vai importar petróleo a um custo mais elevado para vender internamente e ter prejuízo, por um preço que é comandado pela Petrobras”, disse Gouveia.
“Fazer o que fizeram com a Petrobras no passado é acabar com a companhia; não existe comprar caro e vender barato, isso não existe. O governo precisa, então, criar uma política para que a estatal consiga enfrentar o momento. Precisa se preparar para que tenha um colchão aí no meio onde a gente possa jogar com esse dinheiro para socorrer na hora que precisa e fazer reserva quando não precisa. É um caminho que todos devem buscar juntos”, ponderou.
Solução
O Sincopetro disse que a saída imediata depende de diversos setores envolvidos. “O mercado internacional está subindo o preço, o dólar está disparando. Eu não vejo saída, a não ser que se sente para resolver esse problema seriíssimo”, disse. “O preço vai subir e pode ser que falte produto, sim”, afirmou Gouveia.
Ele ainda observou que “não adianta o governo dos Estados dizer que não teve aumento do ICMS porque não aumentou a taxa, mas o preço saiu de três e foi para sete, esse imposto todo foi recolhido. É um exagero”.
“O governo federal tem de assumir a liderança, chamar todos os setores envolvidos e resolver o problema. O que não dá é para achar que a culpa é só do governo, pois o governo não manda no mercado internacional, mas o governo deveria mandar no mercado nacional”, concluiu.
Questões como combustíveis, energia elétrica e outros produtos prioritários deveriam estar submetidas a um sábio conselho nacional de decisões e não a políticos regionais – alguns quase analfabetos, outros verdadeiras aves de rapina, outros ainda poços de ignorância e outros ainda, poços de interesses menores. Não dá para submeter o povo trabalhador deste país a tantos interesses pequenos e excusos, a tanta insegurança. Com certeza, a iniciativa privada se desenvolveria com muito maior intensidade. E o povo, por vezes de uma forma inconsciente, seria grato e se sentiria mais seguro.
Vejo o governo se desdobrando para uma resposta honesta ao aumento dos derivados de petróleo e uma oposição imunda que, quanto mais a questão petrolífera piorar, veem com mais esperança (é lógico).
Os governos estaduais têm de colaborar e diminuir o imposto. Isto é para já!
As refinarias precisam ser ampliadas, assim como as usinas produtoras de etanol e as lavouras produtoras de cana-de-açúcar. Isto em médio a longo prazo.
Se eu fosse um sacerdote iria dizer que Deus não constrói aquilo que cabe ao homem.
Sindicatos do Petróleo, e Governadores, em nada contribuem para amenizarr
da relação com o Governo e Petrobrás, para resolver a crise ,esta foi assaltada em seus cofres pela quadrilha dos governos de esquerda, gerando até hoje um descompasso
nas contas da Empresa, por ser uma empresa de capital mista, tem que gerar dividendos aos acionistas, seguir o o valor do petróleo no mercado Internacional
que é obrigado por ser uma empresa de capital mista, a seguir o mercado da alta do
petróleo internacional, não tem como não repassar, ou os Estados doem sua parcela
porque isso é jogo político dos governadores em sua maioria, ou vamos entrar em uma crise de desabastecimento, gerado por esses canalhas esquerdistas, essas soluções, não tem que partir só do Governo, tem também que passar pela politicalha
podre da câmara e do Senado, exigindo por Lei, esse diminuição do ICMS.
Se o governo for interferir , o STF não deixa !!!!!!!!!!
Porque refinarias ainda são somente da Petrobrás?
A iniciativa privada não tem interesse, ou há alguma cláusula de monopólio?
Vc respondeu com sua pergunta!
Analisando, o problema não é tão simples, a Petrobras, além de ser gigante, é uma estatal onde um governo, fraco ou corrupto, pode fazer uma política irresponsável de preço gerando prejuízos, como alias já fizeram, por esses dois motivos as petroleiros internacionais, não se sentem encorajadas a competir com a Petrobrás. Os Governadores dos Estados estão sendo malandros ao dizer que não teve aumento do ICMS porque não aumentou a taxa, mas a palavra chave é ARRECADAÇÃO, que mais que dobrou.