Na segunda-feira 15, Bruno Aiub, influenciador digital conhecido como Monark, disse, numa publicação no seu perfil no Twitter/X, que criou uma “plataforma para competir com o YouTube” e fugir da ‘censura do STF’. Ironizando seus críticos, Monark disse que fez isso porque é “detentor dos meios de produção”.
O podcaster havia sido banido da rede social em 2022, quando, numa discussão sobre liberdade de expressão e regimes totalitários — como o comunismo —, disse que “deveria existir um partido nazista legalizado no Brasil”.
Como eu sou detentor dos meios de producao, estou criando uma plataforma para competir com o Youtube.
— Monark (@monarkbanido) January 15, 2024
Entre no meu site capitalista – https://t.co/ulYXBStXog 100% livre de censura.
Plataforma ‘100% livre de censura’
Batizada de Bunker555, Monark afirma que sua plataforma é um “site capitalista” e “100% livre de censura”.
“Se você não se indignou com o que aconteceu comigo, essa plataforma não é para você”. Monark.
‘Censura e tirania do STF’
A mensalidade do Bunker555 custa R$ 20. E, segundo Monark, ao tornar-se membro, o usuário demonstra “apoio” e “ajuda a manter a esperança na justiça”. O influenciador escreveu a um seguidor dizendo que era “um dos únicos que fala a verdade na internet e luta contra a censura e tirania do STF (Supremo Tribunal Federal)”.
Perfis bloqueados
Em junho de 2023, os outros perfis de Monark nas redes sociais também foram bloqueados a mando do ministro do STF Alexandre de Moraes. Isso aconteceu porque o influenciador levantou dúvidas quanto à confiabilidade das urnas eletrônicas e do processo eleitoral brasileiro.
Segundo o portal Poder 360, o caso foi levado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ao STF depois que a Corte eleitoral afirmou ter detectado declarações de Monark contrárias ao processo eleitoral no país.
Criei meu Bunker na internet – https://t.co/ulYXBSuvdO
— Monark (@monarkbanido) January 15, 2024
Declaração sobe o nazismo
Em fevereiro de 2022, quando o influenciador ainda era membro do Flow Podcast, enquanto entrevistava os congressistas Kim Kataguiri (União Brasil-SP) e Tabata Amaral (PSB-SP), Monark afirmou que “deveria existir um partido nazista legalizado no Brasil. Se existe comunista, por que não pode existir nazista?”.
A declaração do influenciador foi repudiada por outros influenciadores e também por políticos, que pediram o imediato afastamento do youtuber do canal. No dia seguinte, ele anunciou sua saída dos Estúdios Flow.
Depois do seu desligamento, ele decidiu criar um podcast chamado Monark Talks, na plataforma Rumble. Ainda em fevereiro, o youtuber tentou criar um novo canal no YouTube, porém foi impedido pela plataforma, sob a alegação de que ele teria violado as políticas de responsabilidade. O YouTube disse também que eram preocupantes “as recentes declarações sobre nazismo em um de seus canais”.
Flow Podcast punido
O Flow também foi punido pelo YouTube, que desmonetizou o canal. Porém, nas redes sociais, influenciadores iniciaram a campanha #MonetizaFlow a fim de retomar os lucros do empreendimento digital.
O movimento contra a censura do YouTube enfatizou que a equipe do canal estaria sofrendo perdas financeiras com a decisão da plataforma. Finalmente, em abril o Flow Podcast teve autorização para retomar a sua monetização.
Que engraçado! O establishment não tolera que a verdade seja dita, ou seja, que comunismo e nazismo são a mesma porcaria. Por que será?