Os aviões com carregamento da primeira remessa de medicamentos para os reféns em Gaza pousaram nesta quarta-feira, 17, em Al-Arish, na fronteira com o Egito, conforme acordo selado entre Israel e o Hamas na sexta-feira, 12, e intermediado pela França e pelo Catar. A distribuição ocorrerá nas próximas horas com a ajuda da Cruz Vermelha Internacional.
Os suprimentos foram transportados por duas aeronaves das Forças Armadas do Catar. Esta é a primeira vez que a ajuda humanitária entra na Faixa de Gaza sem passar pela inspeção prévia das Forças de Defesa de Israel (FDI).
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O governo de Israel sempre receou que o Hamas pudesse tentar contrabandear armas incluindo-as dentro das caixas de suprimentos destinadas aos civis palestinos, daí a razão das inspeções nos dois corredores humanitários por onde os suprimentos passam.
Entretanto, neste novo acordo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aceitou a exigência do grupo terrorista de não inspeção dos suprimentos.
O grupo terrorista exigiu também que, para cada caixa de medicamentos fornecida aos reféns, outras mil sejam entregues para uso dos civis palestinos.
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Saiba mais sobre o acordo entre Israel e o Hamas na questão dos medicamentos para os reféns
Segundo a imprensa hebraica, um integrante do alto-comando do Hamas, Moussa Abu Marzouk, divulgou detalhes sobre o acordo entre Israel e o Hamas, intermediado pela França e pelo Catar, para a entrega dos medicamentos em Gaza.
Abu Marzouk teria feito uma postagem, em rede social não divulgada, em que afirma que o Comitê Internacional da Cruz Vermelha será o responsável por fazer a entrega de todos os medicamentos aos hospitais em Gaza, incluindo as caixas destinadas aos reféns.
O acordo também prevê a entrega de alimentos adicionais e ajuda humanitária em Gaza — tudo sem que as autoridades de Israel tenham a permissão de inspecionar os envios.
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O terrorista teria declarado outra exigência do Hamas para aceitar o acordo: que os medicamentos fossem fornecidos pelo Catar, e não pela França, sob a alegação de que o país francês apoia Israel.
Este é o primeiro acordo entre Israel e o Hamas desde o cessar-fogo temporário ocorrido em novembro para a libertação de alguns reféns em troca da devolução de terroristas presos em detenções israelenses.