O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quinta-feira, 8, que o fim da missão militar do país no Afeganistão agora está programado para o dia 31 de agosto. A data estipulada anteriormente pela Casa Branca era 11 de setembro.
“Não fomos ao Afeganistão para construir uma nação. Líderes afegãos têm que se unir e conduzir o país rumo a um futuro”, afirmou o presidente norte-americano em pronunciamento na Casa Branca.
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“Quantos mais milhares de filhos e filhas americanos vocês querem colocar em risco? Não vou mandar outra geração de americanos para a guerra no Afeganistão sem nenhuma expectativa razoável de se chegar a um resultado diferente”, completou Biden.
O processo de saída dos EUA do Afeganistão vem sendo gradual. Na semana passada, militares norte-americanos deixaram a base aérea de Bagram, principal instalação militar do país. Segundo informações da agência Reuters, ainda há soldados em uma pequena base em Cabul, que já se preparam para voltar para casa.
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Os EUA invadiram o Afeganistão após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, que derrubaram as Torres Gêmeas do World Trade Center. A invasão ocorreu no dia 7 de outubro, menos de um mês após a ação da Al Qaeda. Osama bin Laden, líder do grupo, foi morto dez anos depois, em 2011. Desde o início da guerra, os EUA gastaram cerca de US$ 1 trilhão (R$ 5,7 trilhões) em despesas militares no Afeganistão.
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