Em Munique, na Alemanha, um cidadão austríaco de 18 anos foi morto pela polícia depois de abrir fogo perto do Consulado de Israel e de um museu sobre o nazismo.
O incidente ocorreu nesta quinta-feira, 5, por volta das 9h (4h, em Brasília). Em entrevista a agências internacionais, o porta-voz da polícia, Andreas Franken, relatou que os agentes foram alertados sobre um suspeito armado. Houve troca de tiros, e o suspeito morreu no local, sem relatos de outros feridos.
O suspeito carregava uma arma antiga com mecanismo de repetição. O ministro do Interior da Baviera, Joachim Herrmann, afirmou que o homem inicialmente atirou contra a polícia, que revidou. Um helicóptero foi utilizado para uma avaliação detalhada do incidente, apontado como um possível ataque ao consulado israelense.
O ataque coincidiu com o 52º aniversário do atentado na Olimpíada de Munique de 1972, em que 11 membros da equipe israelense foram mortos. Autoridades não confirmaram se o incidente tem relação com a data. A segurança foi reforçada na cidade após o ocorrido, e o Consulado de Israel estava fechado, sem feridos entre seus funcionários.
Autoridades reagem à tentativa de atentado perto do Consulado de Israel
O presidente de Israel, Isaac Herzog, conversou com o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, e expressou “condenação e horror” pelo tiroteio. Herzog agradeceu aos serviços de segurança pela rápida resposta e afirmou que, “juntos, devemos nos posicionar contra o terrorismo e derrotá-lo”.
Em Berlim, a ministra do Interior da Alemanha, Nancy Faeser, classificou o ocorrido como “um incidente grave”, reforçando a prioridade na proteção das instalações judaicas e israelenses. Josef Schuster, chefe da principal organização judaica da Alemanha, agradeceu à polícia pela rápida intervenção, evitando o que poderia ter sido uma catástrofe.
O incidente ocorre em um momento de aumento do antissemitismo na Alemanha, agravado após o ataque do grupo Hamas a Israel em outubro passado. O país registrou cerca de 2 mil incidentes antissemitas relacionados ao conflito no Oriente Médio.
O chanceler Olaf Scholz prometeu proteger os judeus na Alemanha contra o crescente antissemitismo.
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