A alta dos preços da energia e dos alimentos fez a inflação bater novo recorde em agosto nos países da Zona do Euro, chegando a 9,1%, segundo divulgou nesta quarta-feira, 31, o Eurostat, o departamento de estatísticas da União Europeia. Em julho, a inflação foi de 8,9% para os 19 países que compartilham a moeda única. Esses valores são os mais altos registrados pelo Eurostat desde o início da publicação do indicador, em janeiro de 1997.
A tendência de alta da inflação começou a se manifestar com maior clareza em novembro do ano passado, como reflexo das políticas de isolamento social, em razão da pandemia de covid-19, e se acentuou depois de fevereiro, com a invasão da Ucrânia pela Rússia. Desde então, não parou de crescer e já exerce forte pressão sobre a autoridade monetária da Zona do Euro, o Banco Central Europeu (BCE).
Em uma postagem no Twitter, o perfil oficial do Eurostat informa que a energia exerceu maior pressão sobre a alta da inflação em agosto, com aumento de 38,3%, e, portanto, leve redução em relação ao mês anterior (39,5%). Já o setor de alimentos (que é medido junto com o de tabaco e álcool) teve neste mês um aumento de 10,6%, contra 9,8% em julho.
Euro area #inflation up to 9.1% in August 2022: energy +38.3%, food +10.6%, other goods +5.0%, services +3.8% – flash estimate https://t.co/v8oNUklcoz pic.twitter.com/6Egsg49kRA
— EU_Eurostat (@EU_Eurostat) August 31, 2022
Das principais economias da Zona do Euro, a França registrou a menor inflação em ritmo anual, com 6,5%, seguida pela Alemanha (8,85%) e Itália (9,0%). Enquanto isso, a Espanha registrou 10,3% e a Bélgica 10,5%. Por sua vez, Estônia (25,2%), Lituânia (21,1%) e Letônia (20,8%) apresentaram os piores índices.
Toda a União Europeia enfrenta uma grave crise do setor energético devido ao aumento do preço da eletricidade ao consumidor. Este cenário se deve à redução do fornecimento de gás da Rússia aos países europeus, em resposta às sanções adotadas pela UE. O conflito também reflete no preço dos alimentos, impulsionado pela alta da energia, mas também pela dificuldade de exportação de grãos pela Ucrânia.
O BCE tem reunião marcada para o dia 8 de setembro, na qual se espera um aumento da taxa de juros para conter a inflação. Em julho, a taxa passou de 0% para 0,5%.
Fique em casa a economia a gente vê depois e faça sanções econômicas contra a Rússia! Este é o modelo de “sucesso” da Europa.
Teve uma matéria (acho que do Estadão) a cerca de 1~2 meses atrás dizendo que o Brasil tinha a “vergonhosa” 4ª maior inflação do G20.
Qual seria a “vergonhosa” posição do Brasil agora?