Alguns pares de galáxias espirais em uma colisão cósmica “hiperbrilhante” foram registrados pelo Telescópio Espacial James Webb, da Nasa. A descoberta foi anunciada pela Nasa, na segunda-feira 17, e é classificada como mais brilhosa que um trilhão de sóis.
A Nasa revelou uma foto do sistema, batizado Arp 220, que está a cerca de 250 milhões de anos-luz de distância da Terra. Essa galáxia infravermelha é ultraluminosa, enquanto a Via Láctea “tem uma luminosidade muito mais modesta, de cerca de 10 bilhões de sóis”.
Sobre a colisão cósmica “hiperbrilhante”
Há 700 milhões de anos, duas galáxias espirais que formavam o sistema colidiram, o que provocou uma grande explosão de formação estelar. Esse fenômeno resultou na formação de 200 aglomerados de grandes estrelas, que residem em uma região com quase 5 mil anos-luz de diâmetro (5% do diâmetro da Via Láctea). A quantidade de gás nesta pequena região é igual a todo o gás em toda a Via Láctea.
Observações anteriores revelam por volta de 100 remanescentes de supernovas em uma área de menos de 500 anos-luz. O Telescópio Hubble descobriu os núcleos das galáxias-mãe, separadas por uma distância de 1,2 mil anos-luz.
Na imagem, é possível observar caudas de maré fraca, ou material retirado das galáxias pela gravidade, em azul. Cada um dos núcleos tem um anel giratório de formação de estrelas que emite a luz infravermelha. Essa luz cria picos de difração, o recurso que domina essa imagem.