Os jornalistas Dmitri Muratov, da Rússia, e Maria Ressa, das Filipinas, conquistaram o Prêmio Nobel da Paz de 2021. O anúncio foi feito nesta sexta-feira, 8, pelo comitê da premiação.
Segundo os organizadores do prêmio, os dois jornalistas foram laureados pela “contribuição essencial de ambos para a liberdade de expressão e pelo jornalismo em seus países”. Segundo a academia, Muratov e Ressa mereceram o prêmio “por sua corajosa luta pela liberdade de expressão na Rússia e nas Filipinas”. O comitê apontou ainda que a liberdade de expressão “é uma condição prévia para a democracia e para uma paz duradoura”.
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“Os jornalistas premiados são representantes de todos os jornalistas que defendem esse ideal em um mundo em que a democracia e a liberdade de imprensa enfrentam condições cada vez mais adversas”, justificou a entidade responsável pela entrega do Nobel da Paz.
Para a instituição, “o jornalismo gratuito, independente e baseado em fatos serve para proteger contra o abuso de poder, mentiras e propaganda de guerra”. “O comitê norueguês do Nobel está convencido de que a liberdade de expressão e a liberdade de informação ajudam a garantir um público informado”, diz o comunicado.
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Ressa, de 58 anos, é editora do site de jornalismo investigativo Rappler e chegou a ser presa pelo governo do ditador filipino Rodrigo Duterte em 2019, por supostamente violar a legislação que trata de crimes cibernéticos em função de uma reportagem sobre atividades ilegais de um empresário do país.
Muratov, de 59 anos, é editor-chefe do jornal Novaia Gazeta, um dos veículos mais combativos da Rússia e perseguido pelo governo do presidente Vladimir Putin. Seis jornalistas que trabalhavam no periódico foram assassinados em crimes ainda não esclarecidos.
Os vencedores do Nobel da Paz foram escolhidos em um universo de 329 candidatos ao prêmio (234 pessoas e 95 organizações). Foi o terceiro maior número de candidatos em toda a história da premiação.
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Eita e a pirralha maluca se lascou!