Presa desde o dia 13 de março sob a acusação de promover um golpe de Estado e ter relação com atos de terrorismo, a ex-presidente da Bolívia Jeanine Áñez escreveu uma carta em que relata ameaças sofridas na cadeia e revela problemas de saúde. Ela acusou ainda o atual presidente do país, Luis Arce, pupilo político do socialista Evo Morales, de perseguir opositores do regime.
“Levaram minha liberdade e agora atentam contra minha saúde”, escreveu Áñez. “Decidiram não deixar que eu fosse examinada por médicos independentes, mesmo indo contra uma ordem judicial que pede meu traslado imediato para uma clínica”, completou a ex-presidente boliviana.
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Na carta, Áñez afirma que “essa é uma luta pela democracia e vamos com ela até o fim”. “Eu sou mais uma [vítima], mas estou serena e aguentando enquanto meu corpo deixar”, escreve. Na carta de sete páginas, a ex-presidente afirma que não cometeu nenhum crime.
“A ditadura quer me atribuir crimes que eu não cometi. Nunca fui terrorista. Assumi a presidência pela sucessão constitucional, para pacificar a Bolívia. Não houve golpe”, afirmou.
Em dezembro de 2019, a Organização dos Estados Americanos (OEA) revelou que o então presidente e candidato à reeleição, Evo Morales, havia fraudado o pleito. Um relatório de quase 100 páginas descreveu violações, incluindo o uso de um servidor de computador secreto concebido para fazer a votação pender para Morales. Pressionado pelos militares, Evo fugiu do país. Na sequência, uma avalanche de demissões entre os sucessores previstos pela Constituição deram a Áñez a Presidência da República. Ela era vice-presidente do Senado.
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Presidente Bolsonaro e sua equipe serão os próximos, pois à esquerda está enlouquecida, mais suja que nunca e tem STF foro de São Paulo que poderia ser muito bem de “Juarez, México” ao seu lado.
É essa a democracia que o PT e seus puxadinhos, juntamente com a grande imprensa, querem para o Brasil.