Na quarta-feira 1º, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos solicitou ao governo da Bolívia informações sobre a saúde física e mental da ex-presidente do país Jeanine Añez. Ela está em prisão preventiva desde março pela suposta participação em um golpe de Estado contra o seu antecessor Evo Morales. A decisão atende a um pedido de Carolina Ribera, filha da política.
Em 21 de agosto, o ministro de Governo do país, Eduardo Del Castillo, afirmou que Jeanine tentou o suicídio. No dia anterior, a ela foi denunciada pela Procuradoria-Geral da República boliviana por genocídio, sedição, terrorismo e conspiração.
A prisão de Jeanine Añez
Jeanine Añez era a segunda vice-presidente do Senado quando assumiu o poder na Bolívia em novembro de 2019. Ela chegou à Presidência do país depois que o líder cocaleiro Evo Morales renunciou. Ele vinha sendo acusado de fraude eleitoral em sua reeleição para o quarto mandato à frente do cargo.
Em outubro de 2020, no entanto, Luis Arce, apadrinhado político de Morales, conquistou a vaga de presidente em novas eleições. Meses depois de ele tomar posse no cargo, Jeanine foi presa.
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Quando a gente pensa que ficou livre de Evo Morales e sua turma, eis que eles voltam e infelizmente, eleitos pelo povo. A América Latina realmente não tem jeito.