O governo da Polônia anunciou nesta segunda-feira, 2, que concederá visto humanitário à velocista Krystsina Tsimanouskaya, da Bielorrússia. Ela disputaria os Jogos Olímpicos de Tóquio na prova dos 200 metros rasos e se recusou a embarcar de volta a seu país por medo de sofrer represálias.
Tsimanouskaya criticou os treinadores da equipe e revelou sua insatisfação por ter sido inscrita na prova de revezamento 4 x 400m do atletismo. Ela foi incluída na disputa em substituição a outras integrantes do time de atletismo do país que não puderam competir.
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Segundo a atleta bielorrussa, funcionários da delegação foram a seu quarto no alojamento da Vila Olímpica e a obrigaram a fazer as malas e voltar ao país. O motivo do afastamento teria sido o fato de ela ter “falado no Instagram sobre a negligência dos treinadores”.
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Embora pouco conhecida antes do episódio, Tsimanouskaya já havia manifestado publicamente seu apoio a grupos de oposição ao regime do ditador da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, que governa o país desde 1994. A atleta esteve hoje na embaixada da Polônia em Tóquio e teve a confirmação de que receberá o visto.
Como Oeste noticiou mais cedo, Tsimanouskaya planejava pedir asilo à Alemanha ou à Áustria. Em vídeo publicado nas redes sociais, ela pediu ao Comitê Olímpico Internacional (COI) para que se envolvesse no caso.
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