O Senado do Haiti anunciou na sexta-feira 9 que o presidente da Casa, Joseph Lambert, assumirá o governo do país interinamente, após o assassinato do ex-presidente Jovenel Moïse. Até então, o cargo vinha sendo ocupado pelo primeiro-ministro interino do Haiti, Claude Joseph.
O Haiti pediu formalmente ajuda à Organização das Nações Unidas (ONU) e ao governo dos Estados Unidos para que enviem tropas ao país com o objetivo de proteger portos, aeroportos e outros locais estratégicos, segundo informações da agência France-Presse.
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“Pensamos que os mercenários poderiam destruir alguma infraestrutura para criar caos no país. Durante uma conversa com o secretário de Estado dos Estados Unidos e a ONU, fizemos esta solicitação”, explicou o ministro das Eleições haitiano, Mathias Pierre.
Como Oeste noticiou ontem, 28 pessoas envolvidas no assassinato de Moïse foram identificadas pela polícia do país. Do total, 26 são colombianos e dois haitianos. É o que informou o porta-voz e chefe da corporação, León Charles, na noite da quinta-feira 8. Outros oito estão foragidos. Até aqui, as forças de segurança já prenderam seis pessoas. Quatro criminosos morreram em confronto com agentes, e outros dois acabaram detidos.
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O crime
Segundo a imprensa local, citando o juiz encarregado do caso, a perícia encontrou o presidente com pelo menos 12 marcas de tiros, na quarta-feira 7. Há relatos de saques. Jomarlie, filha de Moïse, estava em casa durante o ataque, que ocorreu na madrugada, mas conseguiu se esconder em um dos quartos. A primeira-dama, também baleada, sobreviveu e está internada em um hospital de Miami.
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