O Haiti anunciou nesta segunda-feira, 19, que Ariel Henry, o primeiro-ministro indicado pelo ex-presidente Jovenel Moïse — assassinado no dia 7 de julho, em um caso que ainda está sendo investigado —, deve assumir o comando do país nas próximas horas. Ele ocupará o posto de Claude Joseph, que vinha liderando o governo.
Henry havia sido nomeado primeiro-ministro por Moïse dois dias antes de sua morte e, em tese, deveria assumir o governo do país. Entretanto, Joseph vinha ocupando essa função, com o apoio das Forças Armadas, ainda que Henry reivindicasse o posto. Joseph se tornou alvo de uma investigação que apura sua possível participação na morte de Moïse.
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No fim de semana, como Oeste noticiou, um grupo de embaixadores de seis países e representantes da União Europeia, da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização dos Estados Americanos (OEA) divulgou um manifesto de apoio a Henry.
O ministro para assuntos eleitorais, Mathias Pierre, afirmou que Joseph deve renunciar ao cargo para que a posse de Henry seja realizada, mas ponderou que “as negociações ainda estão em andamento”. O plano é que o atual primeiro-ministro em exercício volte a ocupar o Ministério das Relações Exteriores. Segundo agências internacionais de notícias, a troca já está certa e deve ser pacífica.
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No sábado 17, como registramos, a viúva do presidente assassinado, Martine Moïse, retornou ao Haiti depois de receber alta de um hospital em Miami, onde estava internada. Ela se feriu no atentado contra o marido. O funeral de Moïse está previsto para a sexta-feira 23.
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