Alemanha, Polônia e Suécia expulsaram três diplomatas russos nesta segunda-feira, 8, em retaliação coordenada a uma ação similar realizada pela Rússia. Na semana passada, Moscou expulsou três diplomatas desses países sob a acusação de terem participado de protestos que pediam a libertação do líder opositor Alexei Navalny. As expulsões aconteceram enquanto o chanceler russo, Sergey Lavrov, se reunia com o chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell.
A resposta na mesma moeda ressalta a volatilidade nas relações entre os países e uma erosão da confiança entre ex-adversários da Guerra Fria, enquanto nações do Ocidente acusam Moscou de tentativa de desestabilização, e o Kremlin rejeita o que vê como interferência estrangeira. Mesmo com a ação dos russos, o chefe da diplomacia europeia defendeu a realização de sua viagem ao país. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse nesta segunda-feira que a remoção de diplomatas ocorreu um dia antes da viagem de Borrell.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou na TV estatal que as ações da Alemanha, Polônia e Suécia foram “injustificadas, hostis e uma continuação da mesma série de ações que o Ocidente está tomando contra nosso país, que qualificamos como interferência nos assuntos internos”, de acordo com agências de notícias russas.
Leia também: “O xadrez global em 2021”, artigo de Márcio Coimbra publicado na Edição 41 da Revista Oeste
Com informações de O Globo
Dente por dente, olho por olho. Nada mais.